Wednesday, July 22, 2009

Trilha dos Ibiraiaras

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No dia 19 de julho de 2009 participei de um trekking organizado pela Guenoa - apetrechos para aventura denominado Trilha dos Ibiraiaras.
O encontro dos caminhantes foi marcado para as cinco horas da manhã, em frente à Guenoa, em Caxias do Sul; a saída do ônibus e da van ocorreu às cinco e quinze. Embarquei no caminho, em Linha Imperial, município de Nova Petrópolis.
Participaram do trekking 49 felizes caminhantes.

Passamos de ônibus e van pelas cidades de Gramado e Canela até chegarmos ao local da saída, a Fazenda do Ipê, no município de Canela. Por volta das sete e meia da manhã estávamos reunidos para as informações e instruções iniciais pertinentes à caminhada.


Em meio ao nevoeiro e chuviscos ouvimos as instuções dos guias da Guenoa.

Nem o frio nem o chuvisqueiro abateram os caminhantes que, com bom humor e disposição, trataram de pôr o pé na trilha. Por volta de quinze para as oito da manhã do domingo começamos a caminhar. Seriam aproximadamente 25 km de estradinhas e trilhas.
Puca (Guenoa) orientando a retaguarda dos caminhantes
Passamos por belos paredões de pedra antes de atravessarmos o primeiro de uma série de riachos. Inicialmente a caminhada seguira por terreno plano; em seguida, descia rumo ao rio Caí.

Chegando ao leito do rio Caí, constatou-se que as chuvas dos dias anteriores havia elevado o nível da água. Os experientes guias da Guenoa, porém, haviam se precavido trazendo cordas.
Com o auxílio das cordas foi organizada uma travessia segura. Acima e abaixo, o primeiro obstáculo transposto.
Chegada a hora de transpor trechos maiores de rio, tratamos de retirar botas e tênis e arregaçar as calças. A água estava "revigorante"! = gelada! :)
Para animar a travessia, até o tempo começou a melhorar!
Aguardando a vez de atravessar...
Graças à paciência dos participantes e o empenho dos guias, a travessia, que poderia ser problemática (devido à profundidade e força da correnteza), transcorreu de maneira ordeira e segura.
Passada a travessia do rio Caí, iniciamos a subida pela outra margem, o que aqueceu os pés gelados de todos. Já com pés e corpos aquecidos e vencida a subida, começamos a passar por uma série de atoleiros. Cada vez encontrávamos mais e mais barro de todo o tipo: líquido, que respingava nas roupas (especialmente nas calças), ou grudento, que tratava de impregnar os calçados.
No início dos trechos enlameados minha bota ainda estava relativamente limpa...
Breve pausa para reagrupamento
Menino da porteira!!!
O barro foi ficando cada vez pior...
... e mais escorregadio!!!
Minhas botas, já não tão limpas...!
Por volta do meio dia paramos para almoçar e os caminhantes já estavam naturalmente agrupados por afinidade. Todos comentavam a respeito da caminhada. Alguns já sentiam um pouco a dificuldade imposta pelo barro, que tornava a trilha mais "pesada", mas todos mantinham um positivo bom humor.
Que belo exemplo de disposição!!!
Sim, ele está mesmo segurando uma escova de dentes!
(e sim, ele realmente escovou os dentes!!!)
Logo após o almoço, mais uma pequena travessia de rio, para não perder a prática!
Passamos a caminhar por um percurso mais plano e mais aberto, onde a mata por vezes dava lugar aos campos de altitude.
Cocho de sal para os bois.
Mais uma breve pausa para agrupamento
Retornamos mais uma vez para a sombra da mata e percursos com barro. Um pouco adiante chegaríamos a um mirante.
Passamos por uma área visivelmente degradada, onde houvera um garimpo de pedras semipreciosas, para em seguida abandonarmos momentaneamente a trilha que estávamos seguindo. Às duas e quinze da tarde chegamos ao mirante, com belíssima vista para o rio Caí.

Após a parada para apreciar a linda vista do mirante natural, seguimos com ânimo rumo ao trecho final da caminhada.
Heitor (Guenoa) auxiliando caminhante com bolhas nos pés.
Passamos pela última travessia com o auxílio de corda por volta das três horas da tarde.
A última travessia de riacho foi a poucos metros do final da jornada e foi facilitada por um grande tronco que servia de ponte.
Por volta das quatro horas da tarde chegamos ao final da caminhada: Cadeinha, no município de São Francisco de Paula. Alguns com bolhas, cansados ou com o corpo dolorido provocado por esforço físico um pouco mais intenso do que o habitual, mas todos demonstrando no rosto a satisfação de desafio superado. Os amigos da Guenoa tiveram muita felicidade na escolha da data da caminhada, pois o dia começou com sinais de que ficaria nublado (e possivelmente com chuva) mas foi melhorando no decorrer do período, com sol, belas nuvens e temperatura muito agradável. Além disso, escolheram um belo roteiro, com alguns desafios - como a travessia do rio Caí e de inúmeros riachos e vários trechos de atoleiros - que com certeza animarão os relatos dos participantes por um bom tempo e dificilmente serão apagados de suas memórias, mesmo que enevoados pelas brumas do passar do tempo...
Obrigado, amigos da Guenoa e companheiros de caminhada!!!
Cadeinha, final do trekking.
Retorno no ônibus para Caxias do Sul
Somente a título de curiosidade, incluo os seguintes dados:
Trilha dos Ibiraiaras - 25 km
Saída da Fazenda do Ipê, em Canela - chegada em Cadeinha, em São Francisco de Paula.
Registros do frequencímetro Timex:
Tempo total, incluindo paradas: 8 h 13 min 38 s;
Tempo dentro da zona-alvo de treinamento: 2 h 28 min 40 s;
Frequência cardíaca média: 121 bpm (batimentos por minuto);
Frequência cardíaca máxima: 176 bpm;
Frequência cardíaca mínima: 31 bpm;
Consumo calórico estimado: 6184 kcal.