Monday, May 19, 2008

Teste do reboque: falhou!

Em 15 de maio, às 9 h 30 min, saí para pedalar de Linha Imperial - Nova Petrópolis até Montenegro, com o objetivo de submeter o reboque a um teste em estradas de chão e com carga. O roteiro escolhido contemplava vários quilômetros de estrada de terra e a descida da serra, passando por Nova Petrópolis, pelo município de Linha Nova e por Feliz, seguindo então em região praticamente plana por Bom Princípio, São Sebastião do Caí e Montenegro, onde encontraria Paulo Renato Petry, também cicloturista (inclusive com uma interessante viagem até Brasília na bagagem).

Nas primeiras fotografias, trechos ainda na parte superior da serra, com algumas indicações curiosas nas placas, como a direção para "Canto Chuchu" (acima) e o aviso de "Atenção: estrada perigosa!" (abaixo).

Acima e abaixo algumas fotografias da "estrada perigosa".
Acima, avistando Linha Nova. A parada para almoço aconteceu entre Bom Princípio e São Sebastião do Caí (acima). Anotei os dados parciais do ciclocomputador e do gps:

Ciclocomputador:

  • Distância pedalada: 55,27 km;
  • Odômetro: 5588,9 km;
  • Tempo pedalado: 2 h 58 min 50 s;
  • Velocidade média: 18,5 km/h;
  • Velocidade máxima: 62,0 km/h.
Gps:
  • Distância percorrida: 55,1 km;
  • Velocidade média em movimento: 18,3 km/h;
  • Velocidade máxima: 63,5 km/h;
  • Tempo em movimento: 3h 00 min;
  • Tempo parado: 55 min 54 s;
  • Velocidade média geral: 14,0 km/h.
Na poeirenta estrada que liga São Sebastião do Caí, extatamente na margem oposta do rio Caí do local onde eu havia encerrado a descida de caiaque (ver postagem de 28 de abril), subitamente ouvi um ruído de algo sulcando o solo, associado ao desequilíbrio na constante tração que exercia sobre o reboque. Imediatamente eu soube que estava com problemas. A haste que liga a bicicleta ao reboque havia se partido exatamente em seu ponto fraco, onde o cano de alumínio formava ângulo de 90 graus, ao lado da solda.
Acima, o ponto exato da quebra.
Saindo um pouco da estrada, bastante transitada por caminhões que produziam um bocado de poeira, tratei de verificar que opções teria para tentar concluir a jornada. Encontrei uma taquareira nas proximidades e cortei algumas poucas hastes de taquara. Algumas foram colocadas por dentro do tubo partido, formando novamente um ângulo reto (ou quase) e outras foram fixadas com fita adesiva (amarela, bem evidente nas fotografias abaixo). O reforço ficou suficientemente robusto para permitir alguma tração, mas não para impedir o reboque de encostar no chão nem de se aproximar da bicicleta, principalmente durante a frenagem, durante a qual o pneu roçava na parte dianteira da plataforma do reboque e na sacola estanque azul. Precisei então adicionar uma nova haste, que foi fixada no lado oposto da bicicleta e do reboque (ver fotos abaixo).

Essa nova haste de taquara (acima) limitava bastante a capacidade de realizar curvas, mas ao menos permitiu que eu seguisse viagem pela estrada empoeirada e não afetou o funcionamento do câmbio.

No final da tarde eu chegaria em Montenegro (acima), parando em frente ao Fórum da cidade às 5 h 20 min. Apesar dos percalços, havia chegado ao destino.
Dados do ciclocomputador:
  • Distância pedalada: 81,09 km;
  • Odômetro: 5614,7 km;
  • Tempo pedalado: 4 h 47 min 39 s;
  • Velocidade média: 16,9 km/h;
  • Velocidade máxima: 62,0 km/h.
Dados do gps:
  • Distância percorrida: 80,8 km;
  • Velocidade média em movimento: 16,6 km/h;
  • Velocidade máxima: 63,9 km/h;
  • Tempo em movimento: 4 h 51 min;
  • Tempo parado: 2 h 29 min;
  • Velocidade média geral: 11,0 km/h.
Em Montenegro fui muito bem recebido pelo Paulo Renato Petry e por sua esposa e filhos, que me acolheram em sua residência e fizeram com que eu me sentisse em casa. Após o jantar ficamos olhando as fotografias da cicloviagem de Paulinho para Brasília e as fotografias da viagem de bicicleta para o Chile que eu havia feito com o meu pai e o amigo Jacson Plentz, de Santa Cruz do Sul em 2000/2001.
No dia seguinte, após agradecer e me despedir dos novos amigos, pedalei brevemente por Montenegro e segui rumo à rótula na entrada da cidade, onde me encontraria com o pai para retornar a Nova Petrópolis de carro. Após o teste posso dizer que tive uma boa impressão do desenvolvimento da bicicleta tracionando um reboque, algo que eu não havia vivenciado por um dia inteiro de pedal. No plano e nas descidas praticamente não percebia a presença de tração por parte da bicicleta, o que não era sentido nas subidas, obviamente. Creio que o desempenho deva ser muito semelhante ao da bicicleta toda carregada com os alforjes, o que torna o reboque muito útil em caso de carga volumosa ou quando é necessária grande capacidade de carga.
Foi um bom teste, a despeito da quebra da haste. O que, aliás, é sinal de que a haste deve realmente ser dobrada e não soldada em ângulo reto. Assunto para uma futura postagem...

Wednesday, May 14, 2008

Pedalada com meu pai e de reboque



Na tarde do dia 13 de maio de 2008, uma terça-feira, saí com o pai para uma pequena volta de bicicleta no interior de Nova Petrópolis. Começamos a pedalar pouco depois das três horas da tarde, saindo da Linha Imperial em direção a Gramado, pela RS 235.
Poucos minutos após a saída chegávamos à primeira descida, ainda no asfalto. Na fotografia acima, uma visão da Linha Brasil. Abaixo, saindo do asfalto na Volta Redonda, estrada de chão e a primeira subida (180 metros verticais).

O pai conferindo os ciclocomputadores.
Interior do município de Nova Petrópolis, entre a Volta Redonda e Nove Colônias (acima e abaixo).



Acima e abaixo, Nove Colônias, no interior de Nova Petrópolis.





De Nove Colônias seguimos para Pinhal Alto, onde avistamos a chácara do pai e uma imensa árvore se destacando na silhueta do morro (acima). A semente dessa árvore eu havia plantado quando era pequeno!
No caminho para a chácara encontramos uma ave em cima do telhado de um galpão de colônia.

Chegamos na chácara.





  • Por volta das cinco da tarde, depois de um breve passeio, retomamos a pedalada sob olhares atentos...
    ... e ouvidos abertos!
    Ao final da tarde pedalamos contemplando um belo pôr-do-sol e, no início da noite, estávamos de volta a Linha Imperial. O reboque se comportou bem, sem problemas dignos de nota – com exceção do ruído causado pelo choque constante entre a haste e a esfera de articulação, ruído esse que me fez lembrar as antigas carroças com rodas de madeira puxadas por bois...

    Pai, obrigado pela companhia nessa pequena pedalada de teste do reboque pelas estradinhas do interior de Nova Petrópolis. Valeu!

    Informações sobre a pedalada:

    GPS:

    Distância percorrida: 23,2 km;
    Velocidade média em movimento: 13,2 km/h;
    Velocidade máxima: 48,9 km/h;
    Tempo em movimento: 1 h 45 min;
    Tempo parado: 53 min 18 s;
    Velocidade média geral: 8,7 km/h;

    Ciclocomputador:

    Distância pedalada: 23,17 km;
    Velocidade média: 13,9 km/h;
    Velocidade máxima: 48,3 km/h;
    Estimativa de gasto calórico: 299,2 kcal;
    Tempo pedalado: 1 h 39 min 38 s;
    Odômetro ao final da pedalada: 1230,3 km.





Friday, May 02, 2008

Construindo um reboque para bicicleta - final

No finalzinho de abril pude dizer que o meu reboque para bicicleta foi praticamente concluído (o protótipo 01, quero dizer, hehe!). A próxima fase serão os testes de funcionamento!
As fotos desta postagem foram feitas em Linha Imperial, Nova Petrópolis.

Acima, uma visão da engenhoca. Abaixo, vista da haste de ligação entre a base de madeira do reboque e o sistema de engate no eixo traseiro da bicicleta...

...que pode ser melhor observado na fotografia abaixo, onde se vê a chapa metálica que sustenta a esfera, que por sua vez se conecta com a haste através de uma ranhura. A haste está propositalmente virada de cabeça para baixo nessa imagem para que seja possível observar a ranhura.

Inicialmente a ranhura havia sido feita incorretamente na parte superior do cano de alumínio (haste). Para que o problema fosse corrigido, a solução adotada foi a colocação de uma "luva" metálica sobre a extremidade do cano, de modo que uma nova ranhura pudesse ser confeccionada. Um problema que, quem sabe, possa afetar de maneira positiva a articulação: sendo de ferro em vez de alumínio, o desgaste e a deformação do material no ponto de contato (ranhura) serão muito menores quando o reboque for submetido às forças no momento em que for utilizado com carga.

O pai, como sempre disposto a ajudar, pilotou a engenhoca para que eu pudesse fotografá-la em ação. O teste foi feito rapidamente em uma tranqüila estrada do interior, o que explica a ausência de capacete do ciclista.