Wednesday, June 23, 2010

Primeira remada de Inverno: Ipanema - Ponta da Figueira - Praia de Itaponã - Arroio Petim - Ponta Grossa - Ipanema


Acima, visão geral do trajeto realizado no contexto do rio Guaíba.
[Trajeto sobre imagem do Google Earth]

Localização dos pontos relevantes
[Arte sobre imagem do Google Earth]

Praia de Ipanema, entre Pedra Redonda (ao Norte) e a Ponta da Serraria (ao Sul).
[Trajeto sobre imagem do Google Earth]

Trajeto realizado na Ponta da Figueira
[Trajeto sobre imagem do Google Earth]

Trajeto realizado em Itaponã
[Trajeto sobre imagem do Google Earth]

Arroio Petim
[Trajeto sobre imagem do Google Earth]

Travessia de retorno
[Trajeto sobre imagem do Google Earth]

Ponta Grossa
[Trajeto sobre imagem do Google Earth]

Trajeto de retorno entre a Ponta Grossa e Ipanema
[Trajeto sobre imagem do Google Earth]

Preparativos na praia de Ipanema

A primeira remada de Inverno ocorreu pouco tempo após a última remada de Outono [por favor veja postagem anterior] e foi em um percurso sugerido por mim. Sairíamos de Ipanema, atravessaríamos para a Ponta da Figueira (do outro lado do rio), costearíamos passando por Itaponã e entraríamos no arroio Petim, retornando depois rumo à Ponta Grossa e de lá de volta para Ipanema. Já fazia algum tempo que eu queria remar por águas abertas e atravessar o canal de navegação do rio Guaíba. Segundo a previsão do Windguru teríamos vento fraco, bom tempo e temperatura baixa, o que realmente se concretizou. Combinamos a saída na praia de Ipanema e foi nas suas areias que arrumamos as tralhas nos caiaques. O dia estava frio e o céu sem nuvens. Uma leve brisa soprava de Noroeste, ou seja, teríamos vento e pequenas ondas pela bochecha de boreste (diagonalmente pela frente à direita).


Tiane e Germano - ao fundo, a Ponta Grossa.

Primeiras remadas no frio
[Imagem capturada de vídeo]

Marquei o ponto de saída no gps e rumo direto para a Ponta da Figueira. As pequenas ondas começaram a aumentar pouco a pouco à medida em que deixávamos a proteção proporcionada pela costa. Meu caiaque é um tanto instável e por esse motivo não utilizei máquina fotográfica nessa travessia, mas estava levando uma pequena filmadora presa à cabeça e de vez em quando filmava. Posteriormente pude selecionar algumas imagens (sem grande qualidade, mas que servem para ilustrar nossa travessia).

Olhando para trás - Germano e Tiane com Ipanema ao fundo
[Imagem capturada de vídeo]

O ponto mais delicado desse primeiro trajeto seria a travessia do canal de navegação, pois a prioridade sempre é das embarcações com manobra restrita devido ao calado. Explicando melhor para quem não está acostumado à linguagem náutica, significa que um navio tem sempre prioridade quando está navegando por um canal de navegação, pois seu casco está tão profundo na água que não tem condições de manobrar. Se sair do canal, encalha nas águas rasas ao redor (a profundidade ao lado do canal não ultrapassa muito os dois metros, dependendo do local). O canal de navegação é balizado por boias (que podem ter luz própria - sendo chamadas de luminosas - ou não - conhecidas por boias cegas) e faroletes (que são fixos no leito do rio) nas cores verde e encarnado (vermelho).


Navio passando pelo canal de navegação
[Imagem capturada de vídeo]

[Imagem capturada de vídeo]

Explorando a Ponta da Figueira
[Imagem capturada de vídeo]

Meu caiaque é relativamente veloz e tem estabilidade em movimento bem maior do que a estática, de modo que quando encontro condições adversas (como ondas que desequilibram o barco) não costumo ficar muito tempo parado. Por isso segui pouco mais à frente do Germano e da Tiane (que tem o caiaque tipo turismo, mais curto e mais lento) e cheguei antes à Ponta da Figueira, tratando de procurar um local adequado para desembarcar. O nível do rio estava bastante elevado devido às chuvas de dias anteriores, mas ancontrei uma pequena praia.

Tiane e Germano chegando na Ponta da Figueira

Breve parada

Desembarquei rapidamente mas retornei para a água para sinalizar o local, pois era um pouco escondido. Quando Germano e Tiane chegaram todos desembarcamos para movimentarmos um pouco as pernas, que estavam sentindo a temperatura baixa e a falta de movimentação. Poucos minutos depois estávamos de volta à água, remando em direção a Itaponã.

Chaminés poluidoras de Guaíba

Deixando a Ponta da Figueira para trás
[Imagem capturada de vídeo]

Rumando para Itaponã
[Imagem capturada de vídeo]

Itaponã

Em Itaponã existe uma fazenda com um trapiche abandonado, uma ponta de pedras e uma bela praia de areia.

Itaponã


Bela praia em Itaponã
[Fotografia de Tiane]

Praia em Itaponã

Rumamos para a praia, desembarcamos e retiramos as tralhas de almoço dos caiaques. Germano estava um pouco receoso para desembarcar, pois não queria invadir propriedade privada, mas de qualquer maneira estávamos somente de passagem e bem na margem do rio. Tiane estava preocupada com o horário de retorno, pois temia passar muito frio na volta, de maneira que não demoramos muito para almoçar. Em pouco tempo as sombras dos eucaliptos já nos alcançavam.

Parada para almoço na bela praia em Itaponã




Sombras chegando ao local de almoço
Borboleta pousada no caiaque do Germano

Após a parada na bela praia de areia seguimos costeando o rio rumo à foz do arroio Petim, onde encontramos bancos de aguapés nas margens.

Seguindo ao arroio Petim



Tiane no arroio Petim


Germano no arroio Petim

Aguapés

Tiane continuava preocupada com o retorno, pois temia pelo frio do cair da tarde; combinamos retornar ao arroio para uma navegação de exploração em uma próxima ocasião.

Três companheiros

Pequena praia no arroio Petim

Iniciando o retorno - Ponta Grossa ao longe

Antes de voltarmos a atravessar o rio paramos rapidamente em uma pequena praia de areia na margem direita do arroio. Remamos de volta à desembocadura do arroio e de lá plotei diretamente a Ponta Grossa. Teríamos novamente a travessia do canal de navegação a aproximadamente dois terços da travessia. Mais uma vez utilizei o recurso de capturar imagens da pequena filmadora que levava na cabeça em vez de operar a máquina fotográfica e correr o risco de levar um banho - afinal, a temperatura não estava para submersões involuntárias!!!

Tiane e Germano remando para a Ponta Grossa

[Imagem capturada de vídeo]

[Imagem capturada de vídeo]

[Imagem capturada de vídeo]

Chegando na Ponta Grossa
[Fotografia de Tiane]

Garça - ao fundo, Tiane e Germano.
Garças nas pedras da Ponta Grossa

Farolete no canal de navegação


A travessia ocorreu sem problemas e mais uma vez me distanciei um pouco dos companheiros de remada - mas sempre verificando se estavam sem problemas, afinal eu levava um remo reserva e um paddle float (boia inflável que pode ser fixada na pá do remo para auxiliar no reembarque no caiaque em caso de capotamento). Na Ponta Grossa fizemos uma breve pausa sem desembarque para fotografar, para Germano tomar um pouco de chá e Tiane apreciar suas balinhas de banana.

[Imagem capturada de vídeo]

Seguimos contornando a Ponta Grossa e tracei novo rumo, diretamente para Ipanema. A remada perto das pedras estava agitada, pois as ondas que atingiam a costa eram refletidas pela costa. Remávamos então entre ondas vindas de direções diferentes.


[Imagem capturada de vídeo]



Germano "decolando"!
[Imagem capturada de vídeo]



[Imagem capturada de vídeo]



Embarcação ancorada em Ipanema

Tiane chegando em Ipanema


Ao fundo, Germano.

Retornamos a Ipanema bem a tempo de apreciarmos o espetacular entardecer. Foi um belo dia de remada com temperatura típica de inverno e excelentes condições de tempo. Obrigado, companheiros de jornada!!!

Um belo final de jornada


Germano chegando em Ipanema

Poluição das chaminés de Guaíba, dia e noite...

Até quando???


Informações do gps:

Distância percorrida: 28,75 km;
Velocidade máxima: 11,1 km/h;
Tempo de remada: 5 h 12 min;
Velocidade média: 5,5 km/h.