Tuesday, June 30, 2009

Ilha Grande - caminhada no primeiro dia

Tempo bom e dia ensolarado em Ilha Grande na quinta-feira, dia 30 de abril. Sem pressa, preparamos o café da manhã e organizamos melhor o acampamento que havia sido montado na noite anterior.


Do camping podíamos ver uma bela imagem do Pico do Papagaio emoldurado entre as árvores.
Por volta das dez e meia da manhã saímos para caminhar por uma das várias trilhas bem demarcadas da ilha.

A trilha subia pela encosta do morro, permitindo uma bela visão da vila de Abraão e arredores.
Após cerca de uma hora e quinze minutos de caminhada por uma bela trilha no meio da mata atlântica, chegamos à Praia Grande das Palmas (ou simplesmente Palmas), onde tomei um belo banho de mar. A praia tem pouco mais de 500 metros de extensão e algumas palmeiras que fornecem abrigo para uma pequena vila. Lembrei-me de perguntar a respeito da irmã da senhora Ilma (Ilha das Pombas, em frente à praia de Jabaquara, onde eu havia chegado nadando, em Paraty), que se chama Creusa e que moraria na Ponta ou Praia dos Coqueiros, mas ninguém por ali conhecia essa senhora.


Pouco adiante chegamos à Praia dos Mangues (em seus extremos há riachos onde cresce mangue). Tomei mais um revigorante banho de mar e paramos para o lanche do meio dia.
À tarde continuamos pela trilha, que retornava à mata, cruzando a ilha. No caminho encontramos uma interessante trilha de formigas.
Quase chegando à praia, a trilha se bifurcava. Clayton, que havia seguido na frente enquanto eu fotografava as formigas, já estava fora de vista. Decidi seguir pela direita, passando por uma trilha bem mais fechada que descia o morro rumo à belíssima praia Santo Antônio, espremida entre costões rochosos.
Fiquei um bom tempo explorando a praia e fotografando. Tentei seguir para a praia ao lado atravessando o costão, mas as pedras eram muito íngremes e às vezes escorregadias, de modo que retornei pela trilha passando novamente pela bifurcação antes de chegar à praia de Lopes Mendes.
Lopes Mendes tem aproximadamente três quilômetros de faixa arenosa bem fina e águas transparentes com ondas, excelente para um belo banho!
Clayton, que fora direto para Lopes Mendes, queria conhecer a praia de Santo Antônio, onde eu estivera, então voltamos pela trilha até a bifurcação e seguimos novamente pela trilha fechada que descia o morro.
O Sol já não alcançava a praia, encoberto pelos morros, mas o espetáculo das ondas batendo nos rochedos continuava muito bonito.
Às quatro e meia da tarde retornamos à trilha, que percorremos correndo. Às cinco horas sairia uma escuna da Praia dos Mangues para Abraão.
Depois de uma emocionante corrida contra o tempo pela trilha em meio à mata atlântica, chegamos a tempo de embarcar.
Um tranquilo cachorro sonolento no trapiche contrastava com os esbaforidos turistas que acabavam de chegar...
O Pico do Papagaio, visto de outro ângulo.
Retornamos para a vila de Abraão mais uma vez navegando por um belo entardecer.

Angra dos Reis e Ilha Grande

Angra dos Reis, 29 de abril de 2009. Dia ensolarado, céu azul. Perfeito para uma travessia!


Após o café da manhã fomos à estação rodoviária comprar as passagens de retorno, de Angra dos Reis para São Sebastião e de São Sebastião para Guarujá.

Retornamos ao hotel, recolocamos os alforjes nas bicicletas e tratamos de aproveitar o tempo para conhecermos um pouco mais a cidade. Escolhemos a Estrada do Contorno que, como o nome indica, percorre a ponta de terra que avança oceano adentro, contornando a cidade.
Descaso lamentável em uma região tão bela...
Nos primeiros quilômetros da Estrada do Contorno ficamos surpreendidos com uma água cristalina onde era possível ver os peixes nadando!
Nas proximidades do Colégio Naval três tartarugas marinhas nadavam tranquilamente. Comentei com Clayton que, se ali, em plena cidade, podíamos ver tartarugas nadando, o que nos esperaria em Ilha Grande, teoricamente com muito mais riqueza natural?
Em frente à Praia do Bonfim, em meio às águas esverdeadas, fica a Ilhota do Bonfim, com uma curiosa igreja que ocupa quase toda a extensão de terra da ilha. Havia bandeiras enfeitando o local, pois dentro de alguns dias ocorreria a Festa do Bonfim.
Almoçamos na praia do Bonfim e retornamos pelo mesmo caminho para encontrarmos a barca Itaipu, que faria a travessia.
Compramos as passagens e acomodamos as bicicletas na popa da embarcação. Enquanto a barca não saía aproveitei para observar os pescadores remendando uma imensa rede no cais. Mais adiante, uma espécie de esteira transportava milhares de peixes.
Às 15 h 35 min começamos a travessia.
Afastando-nos da cidade, pudemos perceber a ocupação humana avançando morro acima.
Apenas alguns minutos depois de iniciada a travessia fomos saudados por um grupo de golfinhos. Impressionante a agilidade desses mamíferos marinhos! Depois de acompanharem a embarcação por alguns minutos, sumiram, tão repentinamente quanto apareceram.
Comandante da barca Itaipu.
Paredão rochoso na Ilha Grande.
Ao longe, o Pico do Frade dominando a paisagem.
Assistimos a um espetacular entardecer em plena navegação.
Por volta das cinco e meia da tarde chegávamos ao final da travessia, na vila de Abraão, principal adensamento populacional de Ilha Grande. Ao longe vimos o proeminente Pico do Papagaio, para onde pretendíamos caminhar.
Instalamos acampamento em um camping com poucos ocupantes, sem sequer imaginarmos como ficaria nos próximos dias...
Dados registrados no ciclocomputador:

Distância pedalada no dia: 14,20 km;
Distância pedalada na viagem: 521,42 km;
Odômetro: 10.757 km;
Tempo efetivamente pedalado no dia: 1 h 37 min 38 s;
Velocidade média da pedalada no dia: 8,6 km/h;
Velocidade máxima da pedalada no dia: 29,2 km/h.