Após uma boa noite de sono no hostel Bonns Ventos, em Ilhabela, tratamos de aproveitar o excelente café da manhã que estava incluído na diária. O tempo estava bom, com sol e algumas nuvens branquinhas estampadas no céu azul, prometendo uma bela quinta-feira de pedal. Nesse dia 23 de abril a ideia era pedalar até Ubatuba.
Após o café da manhã tratamos de guardar os equipamentos nos alforjes e fixar tudo nas bicicletas. Tendo terminado essa tarefa antes de meu companheiro de viagem, aproveitei para fotografar os arredores e o próprio hostel.
Por volta das dez horas da manhã posamos para a fotografia de saída em frente ao hostel e rumamos para a balsa.
Pouco antes das onze horas descíamos da balsa e pedalávamos para o centro histórico de São Sebastião, onde comprei uma imagem de satélite da Costa Verde e fui à agência dos Correios para enviá-la a Nova Petrópolis.
Deixando a área densamente urbanizada, seguimos pela SP055 passando pela pequena localidade de São Francisco da Praia e pela Ponta do Arpoador antes de acessarmos novamente a areia da praia após a passagem pelo rio Juqueriquerê. A faixa arenosa de Caraguatatuba (que recebe o nome de várias praias, como das Palmeiras, Aruã, Indaiá e do Centro), segundo Clayton, foi eleita a "praia mais feia" da viagem, sem grandes atrativos, com areia escura e mar agitado. Para completar o quadro, o tempo começava a fechar, garantindo que estávamos na direção correta para "Ubachuva" – referência de turistas para o clima úmido da região de Ubatuba.
Paramos na Ponta do Camaroeiro para almoçar – infelizmente não almoçamos camarões, mas sanduíche que estávamos levando – e tivemos que nos abrigar da rápida chuva que, assim como chegou, repentinamente foi embora. Mas o céu para os lados do Sul estava com cara de poucos amigos, "preteando". Foi um belo incentivo para continuarmos; passando por Massaguaçu, porém, paramos em uma praia com forte arrebentação (orla conhecida pelo termo "praia de tombo"), pois a única onda que quebrava era um espetáculo! A areia da praia era grossa e fofa, o que nos desencorajou a seguir ao lado do mar.
Passamos por um belo rio enquanto o tempo ficava mais e mais ameaçador, o que nos garantiu o incentivo necessário para vencer as subidas que encontramos em seguida.
Por volta das quatro da tarde vencemos a última subida e pudemos observar as belas praias Domingas Dias e do Lázaro. Quando faltavam aproximadamente quinze quilômetros para o centro de Ubatuba avistamos, surpresos, uma placa anunciando o Tribo Hostel, onde pretendíamos passar para eventualmente passar a noite. Seguimos a indicação da placa, passamos no hostel para uma rápida olhada e fomos à praia para tomar banho e deliberar se ficaríamos no albergue ou se seguiríamos adiante. Chegando na praia, para nosso espanto, estávamos na bela orla recém fotografada quando passamos por cima de elevações da Serra do Mar.
O tempo estava realmente ameaçador, nuvens pesadas e com relâmpagos se aproximavam rapidamente, de maneira que batemos em retirada. Chegamos ao hostel justamente quando uma pesada chuva começou a cair. Registramos a chegada, pagamos uma diária de 25 reais (com café da manhã) e guardamos as bicicletas em um quarto desocupado, retirando o necessário para passar a noite. Descobrimos que éramos os únicos hóspedes brasileiros, dividindo um quarto com dois visitantes dos Estado Unidos. Havia também holandeses e ingleses. A principal atração do hostel foi a "menor lan house do mundo" – na verdade, uma criativa forma de utilização do nicho formado pela parte inferior da escada que conduzia aos quartos, no piso superior.
1 comment:
Conferindo novas postagens em Goiania. Um dia eu faco uma viagem dessas. Bjinho!
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