Delta do Jacuí (centro para a esquerda da imagem) e as regiões metropolitanas de Canoas (à direita, acima) e Porto Alegre (à direita, abaixo).
[Percurso sobre imagem do Google Earth]
Percurso pretendido
[Percurso sobre imagem do Google Earth]
A "selva" metropolitana envolvendo o rio Gravataí.
[Percurso sobre imagem do Google Earth]
Preparando a saída no clube Albatroz
[Fotografia de Tiane]
A última remada de Outono de 2010 foi em um trajeto concebido pelo Germano, que tinha a intenção de revisitar alguns lugares que conhecera na infância. O local de encontro foi o clube Albatroz, às margens do poluidíssimo rio Gravataí, que estava com nível elevado devido às chuvas dos dias anteriores.
Plateia na saída
[Fotografia de Tiane]
Primeiras remadas no rio Gravataí
[Fotografia de Tiane]
Arrumamos os caiaques e as costumeiras tralhas e saímos da rampa do clube por volta das nove horas, flutuando em meio à correnteza de um líquido escuro - que levava lixo de todo o tipo e peixes mortos - que pouco lembrava a água de um rio.
Embarcações atracadas e, ao fundo, pontes rodoviárias e ferroviária que impedem o trânsito de veleiros.
Passamos por algumas embarcações atracadas e por uma série de pontes (muito feias, por sinal) muito baixas, limitando muito o trânsito pela limitação de espaço.
As pontes
[Fotografia de Tiane]
Um rio agonizante e espremido que mais parece um canal
Embarcação atracada
[Fotografia de Tiane]
[Fotografia de Tiane]
Boia amarela com tope em X: tubulação submarina atravessando o leito do rio.
Em meio a embarcações atracadas e margens desfiguradas pelo lixo e por muros de contenção encontramos muitas garças, aproveitando o banquete proporcionado pelos peixes agonizantes. As garças entram em uma cadeia de concentração de substâncias tóxicas ao se alimentarem de peixes contaminados e seria muito interessante um estudo a esse respeito. Muito interessante também seria uma análise profunda a respeito do processo de retirada e tratamento desse líquido escuro para o consumo da população... Mas a divulgação desse problema não interessa a muita gente e a falta de conhecimento - leia-se educação - da população em nada contribui para a sua solução. Queria que todos tivessem a oportunidade de remar pelo menos uma vez no Gravataí para chegarem às suas próprias conclusões.
Passando por embarcação naufragada
Saindo do Gravataí, seguimos na direção Norte contra a correnteza para costearmos a ilha Humaitá na direção da Ilha das Garças, passando pelo arroio (ou canal) de mesmo nome. Ironicamente, não encontramos nenhuma garça no Arroio das Garças...
Aguapés no Arroio das Garças
Remando contra a correnteza no Arroio das Garças
Seguindo para o rio Jacuí
Continuamos seguindo contra a correnteza quando saímos do arroio e entramos no rio Jacuí em direção à foz do Rio dos Sinos.
Aguardando Tiane e Germano em uma ilha de aguapés
Como meu ritmo de remada estava mais forte se comparado ao ritmo da Tiane e do Germano, aproveitei a proteção de uma ilha de aguapés para esperá-los.
Aproveitando a pausa para observar flores...
... embarcações...
... e os companheiros de remada chegando.
Tiane remando no Quindim Precioso
Germano remando
Passamos pela foz do Rio dos Sinos e rumamos para o rio Caí, deixando a Ilha do Serafim a bombordo - ou seja, passamos pelo canal entre a ilha e a "terra firme". A correnteza seguia forte entre as margens orladas por belas árvores. Deixando a ilha para trás, entramos no rio Caí.
Belas árvores na margem
Tiane
Iniciando o retorno
[Fotografia de Tiane]
Depois de passarmos pelo canal na Ilha do Oliveira entramos no canal entre a Ilha das Garças e a ilha Humaitá para retornarmos ao poluído Gravataí. Ao lado da ilha Humaitá passamos pelo terminal marítimo utilizado pelos navios que transportam gás liquefeito de petróleo.
No rio Caí passamos por um porto onde uma embarcação era descarregada. Nesse ponto o estreitamento causava um aumento na correnteza, o que nos obrigou a remar forte para superá-la e seguir pelos últimos metros até a pequena praia - que estava submersa! - em Morretes, onde paramos para o almoço.
Passando pelo porto no rio Caí
[Fotografia de Tiane]
Parada na praia em Morretes
Tiane tentando se aquecer na "cozinha"
Um cachorro em busca de comida
[Fotografia de Tiane]
Tiane estava com muito frio por causa do vento gelado, então procuramos não demorar mais do que o necessário para prepararmos o almoço. Um cachorro simpático mas bastante medroso apareceu para procurar comida. Tratamos de ajudá-lo, é claro. Feito o almoço, optamos por retornar sem seguir mais adiante. Agora a correnteza trabalharia a nosso favor!
[Fotografia de Tiane]
Descendo o Jacuí
O dia continuava nublado, mas bonito. Nos lugares abrigados do vento, que soprava do quadrante Sul, a água estava quase espelhada. Seguimos em direção à Ilha do Oliveira (também conhecida por Ilha do GPA) remando ao lado da Ilha Grande dos Marinheiros.
Tiane remando ao lado da Ilha Grande dos Marinheiros
Correnteza no canal de navegação
Depois de passarmos pelo canal na Ilha do Oliveira entramos no canal entre a Ilha das Garças e a ilha Humaitá para retornarmos ao poluído Gravataí. Ao lado da ilha Humaitá passamos pelo terminal marítimo utilizado pelos navios que transportam gás liquefeito de petróleo.
"Terminal do gás"
Retornando ao rio Gravataí
Germano entrando no rio Gravataí
Rebocador São Sepé, a serviço da SPH.
Uma das inúmeras garças
Poluição e muitos peixes mortos
Retornando ao rio Gravataí voltamos a encontrar mau cheiro, lixo e muitos peixes mortos. Uma lástima!
Remando contra a correnteza, passamos pelas embarcações atracadas, pelas margens estranguladas e pelas pontes mal projetadas. Retornamos ao ponto de partida, a rampa do clube Albatroz.
Fim de remada no Albatroz
[Fotografia de Tiane]
Informações do gps:
Distância percorrida: 30,75 km;
Velocidade máxima: 13,8 km/h;
Tempo em movimento: 5 h 34 min;
Velocidade média: 5,5 km/h.
Percurso percorrido (ida em azul e retorno em vermelho) e indicações dos locais de interesse
[Sobreposição de informações de gps e legendas sobre imagem do Google Earth]
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