Tuesday, November 29, 2011

Remada no rio Guaíba - Estreia do caiaque do Fabiano

Ipanema, em Porto Alegre.

Uma semana depois da inauguração do caiaque do Fernando, foi a vez do Fabiano estrear seu novo caiaque. Mais uma vez reunimo-nos na praia de Ipanema em Porto Alegre para atravessar o rio Guaíba. Fabiano estava tão emocionado com o novo caiaque, vindo do Uruguai, que estava esquecendo a bandeirinha vermelha presa na popa durante o transporte de carro. Não fosse o aviso do Maciel, teria levado a bandeirinha para passear!

Fabiano emocionado com o caiaque novo

Desta vez encontrei-me, além do Fabiano, com Leonardo Maciel, Cristian, Álvares e Jair. A proposta seria remar diretamente para a margem oposta do rio Guaíba, numa travessia de nove quilômetros, e explorar o Arroio do Passo Fundo até onde fosse possível; depois disso, passar pela Ponta da Figueira e parar para almoço na Fazenda Itaponã, retornando dali em nova travessia para a Ponta Grossa e dali para Ipanema.
Leonardo Maciel

Álvares e Jair

Carregadas as tralhas nos caiaques, lá fomos nós! O dia estava nebuloso sem vento, deixando a água com um aspecto de chumbo derretido. Com o auxílio do gps, marquei o rumo do arroio e segui na frente da turma, indicando o caminho.

Primeiras remadas

Dragagem para colocação de tubos de esgoto

Chaminés poluidoras de Guaíba

Boia encarnada no canal de navegação

Ao encontrar as boias sinalizadoras do canal de navegação, fiz uma parada para reagrupamento. O canal é um gargalo para o trânsito de embarcações maiores, que necessariamente precisam passar por ali para não encalharem nas águas rasas do rio Guaíba, portanto a travessia do canal sempre deve ser feita com atenção.
Boia verde no canal de navegação


 


Maciel chegando ao canal

Álvares e Jair

Fabiano

Cristian

Chaminés poluidoras de Guaíba

Quando todos atravessaram, mais uma vez tomei a dianteira indicando o caminho, perfeitamente balizado pelo gps. A foz do Arroio do Passo Fundo não é perfeitamente visível do ponto de vista de quem vem atravessando o rio Guaíba de Ipanema, mas marcando-se o rumo na bússola ou aproveitando-se do gps fica fácil encontrá-la.
Do outro lado do Guaíba, na foz do Arroio do Passo Fundo.

Amigos chegando










Porto Alegre ao longe

Morro Santa Teresa

Morro da Polícia

Bem na foz do arroio decidiu-se fazer uma parada para "esticar as pernas" e alguns aproveitaram para um breve lanche. Dali para a frente entraríamos em águas desconhecidas para nós e a ideia era adentrar o arroio tanto quanto possível.
Parada antes de entrar no Arroio do Passo Fundo

Nó 'Made by Fabiano'...

Iniciando a remada no arroio

O arroio tem belas margens arborizadas e felizmente encontramos pouco lixo em suas águas. Inicialmente alterna trechos largos com alguns mais estreitos, até encontrarmos uma bifurcação. Pelo que indicava o Google Earth em estudo prévio à remada, à direita o curso do arroio prometia ser navegável por maior extensão, então foi por lá que seguimos.
Belas margens

Belas plantas

Bifurcação




Na bifurcação, olhando para a esquerda...

... e olhando para a direita, por onde fomos.


Arroio se fechando

Pouco a pouco o arroio foi se estreitando, com margens mais próximas e vegetação começando a cobrir suas águas. Em alguns trechos era preciso afastar a vegetação com os braços e cuidar para não ficar enroscado nos espinhos. Foi ali que pela primeira vez enxerguei uma taquareira com espinhos que, segundo o Fabiano, é bastante comum na região.


Ixi... será que vai?...



A vegetação foi se fechando de tal forma que era preciso escolher muito bem por onde tentar passar. Uma escolha errada significava ter de voltar "de marcha a ré" pelo meio de galhos e espinhos. Apesar de estarmos em um ambiente em que dificilmente alguma pessoa chegaria em qualquer tipo de embarcação, não vimos nenhuma manifestação da fauna local.
Cada vez ficava mais difícil avançar e o arroio começava a tomar forma de um riachinho no meio da mata, até que chegou um ponto em que avaliamos que não valeria mais a pena continuar. Nós estávamos nos divertindo com essa nova situação, diferente das remadas habituais, mas os braços arranhados e os estômagos vazios já começavam a reclamar. Chegando em um obstáculo maior, resolvemos retornar.
Escolhendo o caminho


Voltando!!!

Agora os últimos eram os primeiros e Cristian, Fabiano e eu seguíamos "na rabeira do pelotão". Eu lembrava-me de um local onde o arroio fazia uma curva fechada e imaginava fazer uma pequena portagem ao chegar no local - só não imaginava que mais alguém tinha a mesma ideia!

Taquara com espinhos!!!





Chegando no local onde pretendia fazer a portagem, Fabiano já tinha se adiantado e puxava seu caiaque pela margem, assim quando desembarquei ele já estava me ajudando. A ideia de surgir "milagrosamente" remando na frente dos amigos, no entanto, não deu muito certo, pois a curva do arroio era bem curta e levamos mais tempo fotografando e voltando para a água do que os companheiros que seguiram remando :)
Pequena portagem

Novamente no final do grupo, quando chegamos novamente à bifurcação do arroio decidimos fazer uma breve exploração do braço contrário, imaginando que os amigos que seguiram em frente fossem parar na foz do arroio. Esse braço do arroio se revelou bem curto, terminando em um amontoado de capim aglomerado em torno de uma taipa que interrompia completamente a navegação. Mais uma vez demos meia volta.
Fim da linha




Em pouco tempo voltávamos à bifurcação e logo enxergávamos a foz do arroio, onde realmente os amigos haviam feito uma parada, desta vez na margem esquerda.
Foz do arroio à frente

Breve parada

Nem cheguei a desembarcar na parada, pois queria evitar que ela se estendesse por tempo demasiado e acabasse virando parada para almoço. A praia da Fazenda Itaponã seria local bem mais agradável para almoço e uma parada mais demorada. Em pouco tempo seguíamos adiante, de volta ao rio Guaíba. Rumei diretamente para a Ponta da Figueira.
Ponta da Figueira



Contornando a Ponta da Figueira, mudei o curso e segui praticamente em linha reta em direção à Fazenda Itaponã. Passei pelo trapiche, contornei a ponta de pedras e desci na praia. Peguei a máquina fotográfica e caminhei até as pedras para fotografar os companheiros de remada.
Trapiche da Fazenda Itaponã

Ponta de Pedras

Companheiros de remada chegando










Fabiano, insistindo na vela...



Parada para almoço

Não encontramos ninguém para pedir permissão, assim aproveitamos as mesas e bancos sob os eucaliptos para a confraternização do almoço (obviamente deixando tudo como encontramos quando deixamos o local).
Nosso próximo destino: Ponta Grossa, no outro lado do rio.


Terminado o almoço e o descanso, voltamos para a água. Mais uma travessia, dessa vez mais curta (6,5 km), e mais um trecho de canal para atravessar. Mais uma vez uma navegação fácil, por conta do objetivo, facilmente visível (Morro da Ponta Grossa), e das condições da água (espelhada). Eu remava um pouco à frente, junto com Cristian, quando, à direita, ao longe, enxerguei algo que poderia ser uma embarcação vindo da direção da Lagoa dos Patos. Estava bastante longe, mas fiquei monitorando o seu avanço. Demorou para aumentar de tamanho e só aí percebemos que se tratava de um navio. A partir daí o seu avanço foi rápido e ficamos imaginando se atravessaríamos o canal antes dele; na dúvida, reduzimos a marcha e ele passou perto, à nossa frente, no canal de navegação.
Navio no canal

Cristian e o navio

Farolete do canal de navegação

Boia do canal

Atravessamos o canal, passando pelo farolete e pela boia cega, seguindo em direção às Baleias da Ponta Grossa. Álvares, Jair, Maciel e Fabiano resolveram seguir mais ao largo, rumando diretamente para a praia. Chegando na Ponta Grossa, Cristian e eu aproveitamos para uma remada por entre as pedras.

Baleias da Ponta Grossa



Cristian rumo à Ponta Grossa

Passeando no meio das pedras

Prainha da Ponta Grossa

Paramos na pequena praia para reagrupamento e descanso. O dia continuava nublado e não seria surpresa se chuviscasse na volta para Ipanema, embora não houvesse previsão de chuva de acordo com a meteorologia.


Maciel, pensando na vida.

Lá vem o Fabiano, com a vela :)

De volta à água

Voltamos a remar, passando pelas tubulações de esgoto ancoradas aguardando colocação no lugar definitivo. Estranho não haver sinalização no local, especialmente à noite.
Tubo de M...



Ponta da Serraria

Após os tubos, passamos pela Ponta da Serraria e rumamos diretamente para o ponto de chegada em Ipanema, concluindo mais uma remada por esse rio tão desconhecido da grande maioria dos portoalegrenses.

Rio Guaíba, liso.


De volta a Ipanema





:)

Uhúúúúu!!!

Informações disponibilizadas pelo gps:

Distância remada: 31,44 km;
Tempo remado: 5 h 10 min;
Velocidade média: 6,1 km/h;
Velocidade máxima: 11,1 km/h;
Tempo parado: 3 h 12 min;
Velocidade média geral: 3,7 km/h.

[Trajeto e legendas sobre imagem do Google Earth]
O percurso da remada em um contexto amplo

[Trajeto e legendas sobre imagem do Google Earth]

[Trajeto e legendas sobre imagem do Google Earth]
Detalhe do Arroio do Passo Fundo

[Trajeto e legendas sobre imagem do Google Earth]

[Trajeto e legendas sobre imagem do Google Earth]

1 comment:

Anonymous said...

que foda meu!parabens por desbravarem o guaiba