Saturday, March 02, 2013

A 'descoberta' da Pipoqueira do Maquiné


Um belo dia o amigo Sena aceitou o convite para remar no rio Maquiné. Acostumados com o Paranhana e outras descidas mais caudalosas, Sena e Carlinhos Orth são nossos gurus de águas brancas e ultimamente tenho aprendido muito com eles. Para essa remada, Leonardo Maciel veio de Santo Antônio da Patrulha.
Reunimo-nos então nós três na ponte perto de Barra do Ouro para iniciar a descida, esperando que houvesse água suficiente.


Iniciando a descida


Sena e Leonardo Maciel


O clima estava muito bom para uma descida, com um belo dia de sol e algum vento para amainar o calor. As corredeiras do Maquiné são bem modestas se comparadas às do Paranhana, mas a paisagem ao redor é bastante bonita, o que compensa! Também a água é mais limpa, o que não deixa de ser um atrativo!



Diversão na barranca do rio

Passamos por um trampolim improvisado na barranca do rio, onde a gurizada se divertia. Sena não deixou por menos e mostrou que um caiaque, mesmo em água parada, também é fonte de diversão:

  
 
  
 

Ao chegarmos à primeira ponte, tratamos de descer e fazer a pequena portagem.


Em algumas remadas eu brinco com o amigo Leonardo Maciel por ele capotar seguidamente, mas ultimamente "o feitiço virou contra o feiticeiro" e quem mais tem ido 'se refrescar' tenho sido eu!!!
Agora eu brinco, dizendo que tomei o posto do Maciel!

Oooops...!

Chegando ao tobogã, eu não poderia deixar de brincar um pouquinho! Ainda bem que o caiaque é de plástico!

Tobogã do Maquiné

Um pouco adiante, Sena reparou em uma ondinha que podia ser surfada e foi tentar algumas manobras. E não é que conseguiu?




Maciel descendo


Sena na Pipoqueira do Maquiné


Pronto! Estava "descoberta e batizada" a Pipoqueira do Maquiné!!!



E lá fui eu tentar fazer alguma coisa...

Entrando com confiança...
... e capotando com confiança!!!


É, não é tão fácil domar o bichinho! O Submarino Amarelo mais uma vez fez jus ao nome escolhido e lá fui eu observar o rio bem de perto!
Acho que já postei isso antes, mas para dominar esse caiaque é como ter que aprender a remar de novo! É um comportamento completamente diferente de um caiaque oceânico, groenlandês ou mesmo de um caiaque turismo. É um belo desafio!






Um pouco adiante Sena encontrou outra onda, bem menor, mas que também permitia algumas manobras.

Dessa vez eu vou, com mais confiança!!!
Mazááá!!! Surfando!
Resultado final... :)


Lá pelas tantas, depois de mais uma capotada, encontrei uma pedra de onde treinar um pequeno salto; a altura ainda é pequena, mas serve como treinamento!




Continuando a remada, mais adiante encontramos outra ponte. Perto do meio havia uma pequena lâmina d'água onde a ponte estava meio arqueada para baixo e Sena comunicou que iria dar uma acelerada para parar com o caiaque em cima da ponte. Deu tudo certo, ele acelerou e o caiaque acabou subindo. Maciel foi lentamente remando para a ponte, pretendia encostar o caiaque de lado e descer, mas quando encostou no concreto, a forte correnteza virou o caiaque e o sugou para baixo. Sena nem teve tempo para reagir, olhava incrédulo enquanto tratava de sair do caiaque para fazer alguma coisa. Em questão de segundos nosso amigo, caiaque e remo foram sugados para dentro de um dos tubos debaixo da ponte. Que cena de horror!!! Eu estava mais para trás, ainda dentro do caiaque, chegando na margem. Só vi o Maciel sumindo e Sena pulando para o outro lado da ponte. Alguns segundos depois, Maciel e o caiaque apareciam do outro lado.

A cena de aparente tranquilidade e sem perigo...

O lugar onde o Maciel, o caiaque e o remo foram sugados

Quando cheguei à ponte as mãos do Sena ainda estavam tremendo... Por pouco, muito pouco, em um episódio até de ingenuidade, poderíamos ter perdido o nosso amigo! Por muita sorte tanto Maciel quando o caiaque passaram ilesos de um lado a outro da ponte, mas o remo ficou preso debaixo de um tronco com alguns galhos. Se ele ficasse preso ali, não teríamos a mínima condição de efetuar um resgate e puxá-lo de volta, contra a correnteza.
Felizmente, tudo deu certo e parece que nem mesmo Maciel se deu conta do perigo pelo qual acabara de passar!

Sena procurando o remo, que estava preso

Tudo bem!!!

Sena com a mão ainda tremendo

Logo abaixo da ponte visualizei uma rampa de cascalho - é pra lá que eu vou, uhúúú!!! :)


A cara de felicidade do guri!

Sena e Maciel descendo o rio

Uhúúú!!!

A altura da rampa


Mais adiante, onde o rio segue para a esquerda, chegamos a mais um 'marco geográfico' do rio Maquiné: a "Curva do Galho do Trieste". Foi lá que, em uma descida, Trieste, que estava na frente, avisou: - "Cuidado com o galho" - e seguiu direto para o galho, capotando ao chegar nele! Foi um lance muito engraçado, como se ele fosse o guia da descida e, para não deixar ninguém se aproximar do perigo, fosse ele mesmo garantir que estávamos vendo o que se tratava! :)


Mas o galho não estava mais lá, a correnteza já havia se encarregado de removê-lo! Tivemos então que rebatizar o local, a partir daquele momento passaria a se chamar "Curva do Trieste"! :)

Na Curva do Trieste as margens estão completamente desprotegidas da erosão

Mais adiante, Sena mais uma vez nos deu uma demonstração das manobras que são possíveis, mesmo em água parada. Um show!!!

 
 
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Passamos depois por mais uma pequena onda onde Sena mostrou como é que se faz:


 Ah, agora sim aprendi. Lá vou eu, com determinação!!!

 :)

 Sena deve ter pensado: "hum, assim vai ser difícil, Esch!"
:)


E lá seguimos nós, passando por mais algumas pequenas corredeiras e por zonas de água calma.



 Ahááá! Até que saiu uma manobra, meio sem querer...


Fizemos uma bela descida de 15 quilômetros pelo rio Maquiné, alegres pela atividade na natureza e em companhia de amigos. Valeu!!!

Uhúúúúú!!!

2 comments:

Unknown said...
This comment has been removed by the author.
Unknown said...

Grande remada!!!!
Muito show as fotos!!!