A estrada de acesso ao canyon (acima), além de esburacada e com inúmeras pedras aflorando, requereu prudência e baixa velocidade por causa da chuva, que parecia não afetar os habitantes locais (abaixo).
Nas proximidades do canyon a cerração deu o ar de sua graça. A combinação peculiar de humidade, baixa pressão atmosférica devida à altitude e suscetibilidade genética devem ser os fatores principais para o sintoma revelado na foto abaixo - ou alguma outra explicação ainda não desvendada pela ciência!!! Além das alterações físicas, o somatório de condições adversas provocou efeitos psicológicos severos, como a alteração na visão e percepção da realidade, como pode ser visto na segunda fotografia abaixo, que retrata a imagem surreal de uma parada de ônibus em pleno campo, servindo a uma linha que deve ligar o Nada ao Lugar Nenhum!!!
Caminhando nos arredores do acampamento, pude observar várias árvores de grande porte caídas, talvez por ação de ventos fortes. Mesmo tombadas, com raízes à mostra, continuam a abrigar uma grande quantidade de espécies... é a vida se perpetuando!
Mesmo os galhos que secaram e caíram no chão servem de suporte e de alimento para inúmeras formas de vida, entre elas algumas que podem ser facilmente observadas.
Fizemos um lanche e, comentando sobre a fogueira e o jantar, lembramo-nos que ninguém havia se lembrado de trazer sal ao acampamento. Foi o motivo para realizarmos uma pequena excursão pelas redondezas, onde deveria haver algum tipo de sal disponível para o gado.
Chegando ao cocho que havíamos avistado ao longe, Paulo confirmou que havia alguma substância que poderia ser sal: na foto acima, provando a tal substância; na foto abaixo, com os mesmos sintomas que apresentara anteriormente...
Decidimos que precisávamos curar a misteriosa doença do Paulo e, para isso, nada melhor do que ar puro... E, para conseguir ar puro, nada melhor do que novos ares... E, para chegar a novos ares, nada melhor do que caminhar um pouquinho...!
Subindo em uma das maiores elevações da região, pudemos observar o mar de nuvens que inundava a planície litorânea e transbordava pelos canyons. O vento empurrava as nuvens que subiam pelas paredes de rocha na direção do oceano. Se o vento enfraquecesse, provavelmente seríamos engolidos pelas nuvens.
Blog em atualização...
No comments:
Post a Comment