Sunday, November 04, 2007

Acampamento de Finados no Macuco

No feriado de Finados de 2007 - dias 2 (sexta-feira), 3 (sábado) e 4 (domingo) de novembro, fomos novamente acampar no canyon Macuco, em Cambará do Sul. Apesar da insistência das gatinhas (como a Amendoim, na foto acima), fomos somente entre três: Paulo, Elisabeth e eu. No caminho para Cambará do Sul encontramos chuva (abaixo), o que não nos desanimou, pois a previsão do tempo indicava a melhoria das condições meteorológicas.


A estrada de acesso ao canyon (acima), além de esburacada e com inúmeras pedras aflorando, requereu prudência e baixa velocidade por causa da chuva, que parecia não afetar os habitantes locais (abaixo).

Nas proximidades do canyon a cerração deu o ar de sua graça. A combinação peculiar de humidade, baixa pressão atmosférica devida à altitude e suscetibilidade genética devem ser os fatores principais para o sintoma revelado na foto abaixo - ou alguma outra explicação ainda não desvendada pela ciência!!! Além das alterações físicas, o somatório de condições adversas provocou efeitos psicológicos severos, como a alteração na visão e percepção da realidade, como pode ser visto na segunda fotografia abaixo, que retrata a imagem surreal de uma parada de ônibus em pleno campo, servindo a uma linha que deve ligar o Nada ao Lugar Nenhum!!!

Bobagens à parte, saímos das divagações abobrísticas para o mundo real, onde a beleza se expressa diante de nossos olhos sem precisarmos nos esforçar para perceber pequenos tesouros da natureza, tão belos quanto efêmeros...
Caminhando nos arredores do acampamento, pude observar várias árvores de grande porte caídas, talvez por ação de ventos fortes. Mesmo tombadas, com raízes à mostra, continuam a abrigar uma grande quantidade de espécies... é a vida se perpetuando!

Mesmo os galhos que secaram e caíram no chão servem de suporte e de alimento para inúmeras formas de vida, entre elas algumas que podem ser facilmente observadas.

Fizemos um lanche e, comentando sobre a fogueira e o jantar, lembramo-nos que ninguém havia se lembrado de trazer sal ao acampamento. Foi o motivo para realizarmos uma pequena excursão pelas redondezas, onde deveria haver algum tipo de sal disponível para o gado.

O sol passou a aparecer, tímido, entre as nuvens, quando começamos a caminhar em direção a um pequeno cocho coberto por um telhado que podíamos divisar ao longe.

Chegando ao cocho que havíamos avistado ao longe, Paulo confirmou que havia alguma substância que poderia ser sal: na foto acima, provando a tal substância; na foto abaixo, com os mesmos sintomas que apresentara anteriormente...

Decidimos que precisávamos curar a misteriosa doença do Paulo e, para isso, nada melhor do que ar puro... E, para conseguir ar puro, nada melhor do que novos ares... E, para chegar a novos ares, nada melhor do que caminhar um pouquinho...!

Subindo em uma das maiores elevações da região, pudemos observar o mar de nuvens que inundava a planície litorânea e transbordava pelos canyons. O vento empurrava as nuvens que subiam pelas paredes de rocha na direção do oceano. Se o vento enfraquecesse, provavelmente seríamos engolidos pelas nuvens.



Blog em atualização...

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