Fotografias de Walter Hasenack.
No dia seis de janeiro fui com o amigo Walter Hasenack para a lagoa Itapeva velejar. Vento um pouco forte demais para o Laser meio "capenga", com folga no leme e vela sem todas as talas - isso sem mencionar o timoneiro, sem velejar por tempo demais...
Para compensar quando o barco começa a adernar demais (inclinar para o lado devido à ação do vento sobre a vela), projeta-se o tronco para a lateral oposta, escorando (proporcionando contrapeso) o barco.
Pequena tentativa de explicação: cambar é o modo "menos violento" de mudar de bordo (mudar o barco em relação ao vento, deixando que ele receba o vento pelo outro "lado"). Ao passar pela linha de onde sopra o vento o barco perde o seguimento ou até mesmo pára momentaneamente, pois a vela fica panejando (agitando ao vento como uma bandeira) e deixa de fornecer propulsão ao veleiro. Outro modo de mudar de bordo é deixando o vento pela popa (as "costas" do barco); quando o vento está forte, empurra retranca da vela (a trave horizontal que mantém a "ponta" da vela longe do mastro) para o lado oposto com extrema violência, podendo ocasionar quebra de material ou mesmo ferir seriamente o velejador desavisado - não por acaso o nome da retranca em inglês é "boom"!!!
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