Thursday, July 08, 2010

Remada: Marina Pública - Arroio da Pintada - Saco de Santa Cruz - Ilha das Pombas - Gasômetro

[Trajeto e legendas sobre imagem do Google Earth]
O percurso da remada em um contexto amplo

[Trajeto e legendas sobre imagem do Google Earth]

Germano, Tiane e eu reunimo-nos na marina pública de Porto Alegre para mais uma remada. Eu havia sugerido uma remada para conhecermos o Saco de Santa Cruz, uma área de baixa profundidade um pouco afastada da região principal do rio Guaíba. Para chegar lá passaríamos pelo Arroio da Pintada, ligação entre o rio Jacuí e o Saco de Santa Cruz. O dia estava propício: muito bonito, com sol e temperatura agradável.

Germano no encontro na marina pública

Saindo da marina pública
[Fotografia de Tiane]

Quando saíamos da marina pública passou subindo o rio pelo canal o navio Guaporé, transportando gás liquefeito de petróleo (glp). A água estava propícia para remar e fotografar, bem calma.

Germano e a Ilha da Pintada ao fundo

Tiane e o Guaporé ao fundo

Boia indicando canal preferencial a boreste

Atravessamos o rio exatamente em um local onde o canal de navegação se divide em dois. O canal principal segue por boreste (direita) e canal secundário por bombordo (esquerda). No ponto em que se divide existe uma boia verde com uma faixa larga horizontal encarnada (vermelha) que serve justamente como auxílio à navegação para embarcações de grande porte que precisam transitar pelos canais - se saírem do canal, encalham devido à pouca profundidade.

Porto Alegre vista do centro do canal de navegação


Seguimos costeando a Ilha da Pintada observando embarcações atracadas, áreas verdes e inúmeras construções de todo o tipo.

Germano contemplando a margem

[Fotografia de Tiane]


Tiane e Germano em águas plácidas

Enquanto subíamos o rio em direção à entrada para o Arroio da Pintada percebi que um rebocador se aproximava com velocidade. "Ôba! Ondas!" - pensei. Fui em sua direção pensando em remar surfando nas ondas de sua esteira, mas não cheguei a tempo, apenas atravessei-as.

Atravessando as ondas do rebocador
[Imagem capturada de vídeo]


De volta à tranquilidade da margem, passei por uma cena insólita: fixada na parede de uma casa construída sobre palafitas, uma placa com a inscrição "IBAMA"; bem ao lado, uma gaiola com aves em cativeiro...

"IBAMA"???

Entradando no Arroio da Pintada
[Fotografia de Tiane]



Debaixo da rodovia
[Fotografia de Tiane]

Arroio da Pintada
[Fotografia de Tiane]

[Trajeto e legendas sobre imagem do Google Earth]

Entramos no Arroio da Pintada e passamos a remar a favor de uma fraca correnteza. Inicialmente passamos por várias embarcações atracadas e por uma área urbanizada, mas logo remávamos cercados por árvores.




Casal pescando no arroio

Garça branca grande

Canoeiro





Perto da saída

A carta náutica 2111, que utilizo quando saio para remar nessa região, está bastante desatualizada em alguns aspectos. Mostra o arroio em um curso que não existe mais, que foi assoreado. Acredito que o ideal é a utilização da carta juntamente com as imagens do Google Earth. Sempre é preciso lembrar que há variações no nível da água, especialmente em lugares sujeitos à ação de represamento (ou também o contrário) causado pelo vento. De modo geral as linhas da costa mostradas pelo Google Earth representam bem a realidade encontrada no local.

Tiane saindo do arroio para o Saco de Santa Cruz

Margeando o Saco de Santa Cruz



[Trajeto e legendas sobre imagem do Google Earth]





Germano estava um pouco relutante em remar por toda a margem do Saco de Santa Cruz, como eu havia proposto, pois soubera que em certa ocasião remadores do Exa haviam encalhado em um banco de lama e tiveram dificuldades. Argumentei que se encontrássemos águas muito rasas poderíamos simplesmente voltar e assim continuamos costeando, chegando ao fundo do saco, onde a rodovia BR116 passa muito próxima da margem. Tiane e Germano queriam parar para almoçar, então tratamos de procurar um local onde pudéssemos descer - e que não fosse tão próximo da barulhenta rodovia.


Rodovia BR116



Tiane e Germano encontraram uma pequena praia escondida na vegetação da margem que se revelou bem mais simpática do que parecia em princípio. Preparamos o almoço ao pé de uma bela árvore!

Germano e Tiane checando o local para almoço

Nossa parada para almoço
[Fotografia de Tiane]

A famosa cuca "concreto" da Tiane foi a sobremesa!
[Fotografia de Tiane]

Prontos para continuar a remada!


Após o almoço continuamos costeando o Saco de Santa Cruz. À medida em que íamos para o Sul as pequenas ondas começaram a aumentar. Cruzamos para a Ilha das Pombas e de lá em direção à ponta da ilha Mauá. As ondas começaram a diminuir e em pouco tempo começávamos a remar em uma área extremamente rasa onde de vez em quando as pás do remo tocavam o fundo. Estranhamente, remávamos em meio a uma vegetação esparsa e ao mesmo tempo estávamos longe das margens!




Baixio



[Trajeto e legendas sobre imagem do Google Earth]

Ilha Mauá

Do baixio remamos em direção às ilhotas situadas na extremidade Sul da ilha Mauá, retornando então para as proximidades do canal de navegação.

Rumo ao Gasômetro

[Trajeto sobre imagem do Google Earth]

Continuei remando próximo à ilha Mauá, enquanto Germano cruzava o rio e Tiane seguia quase em linha reta em direção ao Gasômetro. Minha intenção era passar por outras duas boias, uma encarnada (vermelha) - delimitadora da margem do canal de navegação - e outra preta com faixas encarnadas indicando perigo isolado à navegação quando houverem águas navegáveis à sua volta.

[Trajeto sobre imagem do Google Earth]


As boias e o cais do porto ao fundo

Ilha da Pólvora ao longe


À esquerda, boia delimitadora de canal encarnada, significando que deve ser deixada a boreste (direita); no centro da foto, boia indicando perigo isolado - preta [deveria ser], com uma ou mais faixas horizontais encarnadas (vermelhas).




Gasômetro




Chegando na marina pública
[Fotografia de Tiane]

Final de remada!



Informações do gps:

Distância percorrida: 28,67 km;
Tempo de remada: 5 h 17 min;
Velocidade média: 5,4 km/h;
Velocidade máxima: 10,2 km/h.
 
Para ver mais imagens e o relato de Tiane e Germano, por favor visite os blogs
e
 

3 comments:

Walter Hasenack said...

Esta época de ventos calmos é ideal para as remadas no Guaíba.
Muito legais os passeios de vocês.

Evânder Run-up and Cycling-up said...

Lindo passeio, lindas fotos!!!!
Parabéns, abração!!!!!!

Raquel de Oliveira said...

Tenho acompanhado teu blog. Moro em PoA e tenho adorado tuas aventuras!!!Um grande abraço!!