No topo do Hungerberg, 820 metros de altitude
Depois de muito tempo sem andar de bicicleta, retomamos a atividade em Nova Petrópolis. Na véspera encontramos os amigos e, no final do dia, Trieste, Maria Helena, Tiane, o pai e eu fizemos uma breve caminhada até o topo do Hungerberg (Morro da Fome), na Linha Imperial.
A previsão de tempo para o dia da pedalada estava incerta, com grande possibilidade de chuva. Mas mais uma vez os meteorologistas se equivocaram, para nossa sorte. O dia estava magnífico para pedalar!
Saímos da Linha Imperial pedalando pela RS 235 em direção a Gramado, logo encontrando a descida para Linha Brasil. Passar por esse trecho deveria ser legal, por ser uma boa descida, mas é estressante por causa da pista estreita e ainda separada por tachões, o que desestimula os automóveis a desviarem dos ciclistas. Além disso, a estrada não conta com acostamento, apesar de contar com um pedágio salgado nos dois sentidos...
Chegando na Linha Brasil, conseguimos pedalar pelo acostamento, passamos pelo colégio Bom Pastor e, na igrejinha, deixamos a RS.
Na Linha Brasil tem acostamento...
...mas pra chegar lá, não...
Na primeira casa à esquerda é muito comum encontrar gatos, geralmente estirados tomando sol. Dessa vez não foi diferente:
Aproveitando o sol...
Pedalamos ainda por alguns metros de asfalto e depois disso por estrada de chão, chegando logo logo na primeira subida.
Subindo...
A estradinha principal vai contornando os morros, ora subindo, ora descendo. Entramos em outra estrada, à direita, enfrentando uma subida forte e longa até uma passagem entre os morros. Uma boa parte dessa subida estava com bastante umidade, pois a estrada fica pouco tempo exposta ao sol.
Lá vai o Trieste, ajudar a Maria Helena!!!
A subida não terminou; depois da curva...
...tem mais!!!
Depois da subidona, fomos recompensados com a descida e com a bela vista do Mallakoff:
Enquanto eu fotografava, vi o Trieste seguindo reto; ele não sabia que teríamos que tomar a estrada à esquerda e continuou descendo o morro... Como diz o ditado, Pra baixo todo santo ajuda!!!
Tentei chamar, a Tiane usou o apito, mas não adiantou. Acabamos descendo também, até localizarmos Trieste e Maria Helena mais adiante. Felizmente, não desceram muito e logo estávamos caminhando morro acima.
Retornamos ao caminho correto, que tem pequenas subidas e descidas e passa por pequenas propriedades rurais. Muitas dessas propriedades estão fechadas ou mesmo abandonadas, provavelmente pela falta de perspectivas das gerações mais novas, que não enxergam possibilidades na perpetuação do trabalho dos pais e avós. O que para nós parece uma bela região para eles provavelmente significa trabalho duro e não devidamente recompensado...
No fundo do vale, o rio Caí, bastante seco...
Paredão do Mallakoff
Lentamente fomos nos aproximando do formoso paredão de pedra do Mallakoff; na próxima bifurcação da estradinha, seguimos à direita, iniciando o contorno do maciço rochoso.
Pausa para admirar e fotografar o paredão
Após um bom tempo admirando a parede escarpada, continuamos a pedalar, já pensando na parada para o almoço, que na realidade seria um lanche. Minha sugestão seria deixarmos as bicicletas ao lado de uma pequena trilha que leva às Pedras do Silêncio e a partir dali seguir a pé até o topo, aproveitando a belíssima vista nesse dia espetacular. Mas fui voto vencido, pois a dificuldade da pedalada cobrava o seu preço e os companheiros de pedal preferiram encontrar um local na base das pedras.
Pedras do Silêncio
Paramos em um local à sombra, perto de grandes blocos que em algum dia distante haviam pertencido às torres das Pedras do Silêncio. Juntamos os alimentos trazidos e fizemos um belo piquenique.
Nosso lanche na sombra
Após o almoço e um bom descanso, com as energias renovadas, continuamos a contornar o morro, seguindo na direção da estradinha onde enfrentamos a grande subida. A partir de lá seguiríamos pelo mesmo caminho que havíamos feito pela manhã. [Para compreender o trajeto, por favor veja as imagens no final da postagem]
Mais uma subidinha, de leve...
Bem ao longe, outro paredão rochoso.
Nessa pedalada, além de gatos também encontramos simpáticos cachorros pedindo um pouco de carinho:
Ôba! Descida!!!
Lááá embaixo...
...vão eles!!!
Retornamos ao asfalto, ao barulho, aos carros... A tranquilidade ficou para trás e agora era preciso pedalar novamente cuidando do trânsito em vez de apenas olhar a paisagem ao redor.
Chegando na Volta Redonda paramos para ver o antigo moinho, descansando um pouco antes da subida final entre Linha Brasil e Linha Imperial.
Antigo moinho
Início da subida
Olhando para o lado...
...enxergamos a igreja...
...por onde passamos...
...para chegar na estradinha de terra.
Fomos subindo lentamente, afinal não tínhamos pressa, agradecendo ao inventor do câmbio que nos oportuniza uma subida com muito menos esforço. Maria Helena venceu o cansaço e superou o trauma de um atropelamento, mesmo tendo que percorrer um trecho íngreme e sem acostamento.
Trieste seguiu na frente para buscar o carro, pois tinha a intenção de resgatar a Maria Helena. Ela, no entanto, enfrentou toda a subida e chegou pedalando ao nosso destino. Parabéns pela superação!!!
Depois da pedalada, um agrado para os cachorros, alongamentos...
...e a fotinho do 'uhúúú!!!'
Quando chegamos, o pai anunciou que a mãe já nos esperava com uma bela sopa, que foi prontamente sorvida pelos amigos ciclistas. Obrigado!!!
Informações disponibilizadas pelo gps:
Distância pedalada: 28,95 km;
Tempo pedalado: 2 h 40 min;
Velocidade média: 10,8 km/h;
Velocidade máxima: 48,5 km/h;
Tempo parado: 2 h 40 min;
Velocidade média geral: 5,4 km/h.
[Trajeto e legendas sobre imagem do Google Earth]
[Trajeto e legendas sobre imagem do Google Earth]
[Trajeto e legendas sobre imagem do Google Earth]
2 comments:
Parabéns.. Muito bacana essa aventura.. Grande Abraço
Que blogue super! Parabéns pelas aventuras!
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