Tuesday, September 17, 2013

Paranhana cheio... e frio!

 Rumo ao Paranhana

Combinamos entre vários amigos uma descida no Paranhana. Além do pessoal de Três Coroas, vieram amigos do Litoral Norte. Após encontro no tradicional Xis do Varisco, lá fomos nós para o rio.
Paramos na ponte próxima à Pipoqueira para vermos o rio. Com as chuvas, estava saindo do leito normal, com muito mais volume e rapidez.

 Vistas da ponte da Pipoqueira

Deixamos os carros um pouco adiante, na frente de uma casa, seguindo para a barragem a pé. Antes de chegar no ponto de encontro, eu havia passado na casa de um remador para fechar negócio. Agora o Trovão Azul [batizado pelo Sena] passava a fazer parte da família!

Trovão Azul


Dessa vez o Submarino Amarelo ficou no rack do carro e o Trovão Azul foi para a água. Eu estava um pouco apreensivo por remar em um barco desconhecido naquelas condições fora do normal.

 Caminhando para a represa
 
Chegando na represa foi possível ter uma dimensão maior do grande volume de água que estava descendo. A maioria de nós, novatos nas águas brancas, optou pela precaução, começando a remada depois da primeira curva do rio, pois havia uma grande pedra para desviar. Eu já havia capotado em outras ocasiões nessa pedra, então nem cogitei em tentar. Nas condições em que o rio estava, capotar significaria, se não colocar outros em risco, pelo menos dar trabalho aos mais experientes - por exigir um resgate -, além de ter uma chance bastante grande de perder equipamento.

 

Mas um dos "Brothers" - do grupo Brothers Adventure, de Torres - achou que não haveria problema nenhum e optou por começar com os mais experientes na represa. Na primeira curva, justamente onde havia a pedra, foi parar na água, passando por nós com velocidade na correnteza. E lá se foram alguns de nossos amigos mais experientes atrás dele, providenciar resgate...


Com prudência e adrenalina correndo pelas veias, começamos nossa descida. Logo percebemos que não haveria muitas opções de parada pelo caminho, mesmo encostando nas margens. Foi muito sensato optarmos por parar logo depois da Pipoqueira, assim poderíamos avaliar se continuaríamos ou não a descida.


 Turbulências na ponte

 Chegando na Pipoqueira


 
 

Na Pipoqueira, nós, os 'novatos' nas águas brancas, decidimos seguir por terra até o Parque das Laranjeiras, onde nos encontraríamos com os 'veteranos' novamente. Exceto nosso amigo que já havia capotado... Mesmo com a sugestão de que nos acompanhasse, ele optou por continuar a descida...

 Recolhendo as tralhas...

Chegando por terra ao Parque das Laranjeiras, ficamos ao lado da pista de slalom experimentando manobras e trocando ideias. Bem mais tarde ficamos sabendo sobre a descida dos demais. Como já era de se supor, o amigo de Torres capotou logo em seguida, machucando o ombro. Abandonou a remada.


Quando viajamos para remar em algum lugar, especialmente se for distante, a tendência é querermos remar em qualquer condição, para não "perdermos a viagem". Um pouco de prudência e bom senso fazem muita diferença entre voltar inteiro para casa, com todo o equipamento intacto, e qualquer coisa um pouco ou muito pior do que isso.
O rio continua a correr e sempre haverá outra oportunidade!

Lição aprendida