Em 15 de maio, às 9 h 30 min, saí para pedalar de Linha Imperial - Nova Petrópolis até Montenegro, com o objetivo de submeter o reboque a um teste em estradas de chão e com carga. O roteiro escolhido contemplava vários quilômetros de estrada de terra e a descida da serra, passando por Nova Petrópolis, pelo município de Linha Nova e por Feliz, seguindo então em região praticamente plana por Bom Princípio, São Sebastião do Caí e Montenegro, onde encontraria Paulo Renato Petry, também cicloturista (inclusive com uma interessante viagem até Brasília na bagagem).
Nas primeiras fotografias, trechos ainda na parte superior da serra, com algumas indicações curiosas nas placas, como a direção para "Canto Chuchu" (acima) e o aviso de "Atenção: estrada perigosa!" (abaixo).
Acima e abaixo algumas fotografias da "estrada perigosa".
Acima, avistando Linha Nova. A parada para almoço aconteceu entre Bom Princípio e São Sebastião do Caí (acima). Anotei os dados parciais do ciclocomputador e do gps:
Ciclocomputador:
Distância pedalada: 55,27 km;
Odômetro: 5588,9 km;
Tempo pedalado: 2 h 58 min 50 s;
Velocidade média: 18,5 km/h;
Velocidade máxima: 62,0 km/h.
Gps:
- Distância percorrida: 55,1 km;
- Velocidade média em movimento: 18,3 km/h;
- Velocidade máxima: 63,5 km/h;
- Tempo em movimento: 3h 00 min;
- Tempo parado: 55 min 54 s;
- Velocidade média geral: 14,0 km/h.
Na poeirenta estrada que liga São Sebastião do Caí, extatamente na margem oposta do rio Caí do local onde eu havia encerrado a descida de caiaque (ver postagem de 28 de abril), subitamente ouvi um ruído de algo sulcando o solo, associado ao desequilíbrio na constante tração que exercia sobre o reboque. Imediatamente eu soube que estava com problemas. A haste que liga a bicicleta ao reboque havia se partido exatamente em seu ponto fraco, onde o cano de alumínio formava ângulo de 90 graus, ao lado da solda.
Acima, o ponto exato da quebra.
Saindo um pouco da estrada, bastante transitada por caminhões que produziam um bocado de poeira, tratei de verificar que opções teria para tentar concluir a jornada. Encontrei uma taquareira nas proximidades e cortei algumas poucas hastes de taquara. Algumas foram colocadas por dentro do tubo partido, formando novamente um ângulo reto (ou quase) e outras foram fixadas com fita adesiva (amarela, bem evidente nas fotografias abaixo). O reforço ficou suficientemente robusto para permitir alguma tração, mas não para impedir o reboque de encostar no chão nem de se aproximar da bicicleta, principalmente durante a frenagem, durante a qual o pneu roçava na parte dianteira da plataforma do reboque e na sacola estanque azul. Precisei então adicionar uma nova haste, que foi fixada no lado oposto da bicicleta e do reboque (ver fotos abaixo).
Essa nova haste de taquara (acima) limitava bastante a capacidade de realizar curvas, mas ao menos permitiu que eu seguisse viagem pela estrada empoeirada e não afetou o funcionamento do câmbio.
Dados do ciclocomputador:
Distância pedalada: 81,09 km;
Odômetro: 5614,7 km;
Tempo pedalado: 4 h 47 min 39 s;
Velocidade média: 16,9 km/h;
Velocidade máxima: 62,0 km/h.
Dados do gps:
Distância percorrida: 80,8 km;
Velocidade média em movimento: 16,6 km/h;
Velocidade máxima: 63,9 km/h;
Tempo em movimento: 4 h 51 min;
Tempo parado: 2 h 29 min;
Velocidade média geral: 11,0 km/h.
Em Montenegro fui muito bem recebido pelo Paulo Renato Petry e por sua esposa e filhos, que me acolheram em sua residência e fizeram com que eu me sentisse em casa. Após o jantar ficamos olhando as fotografias da cicloviagem de Paulinho para Brasília e as fotografias da viagem de bicicleta para o Chile que eu havia feito com o meu pai e o amigo Jacson Plentz, de Santa Cruz do Sul em 2000/2001.
No dia seguinte, após agradecer e me despedir dos novos amigos, pedalei brevemente por Montenegro e segui rumo à rótula na entrada da cidade, onde me encontraria com o pai para retornar a Nova Petrópolis de carro. Após o teste posso dizer que tive uma boa impressão do desenvolvimento da bicicleta tracionando um reboque, algo que eu não havia vivenciado por um dia inteiro de pedal. No plano e nas descidas praticamente não percebia a presença de tração por parte da bicicleta, o que não era sentido nas subidas, obviamente. Creio que o desempenho deva ser muito semelhante ao da bicicleta toda carregada com os alforjes, o que torna o reboque muito útil em caso de carga volumosa ou quando é necessária grande capacidade de carga.
Foi um bom teste, a despeito da quebra da haste. O que, aliás, é sinal de que a haste deve realmente ser dobrada e não soldada em ângulo reto. Assunto para uma futura postagem...
4 comments:
Valeu a tentativa amigo.
Experiencia para o proximo.
Parabéns pelo blog e pela divulgação da carretinha que você está construindo/aperfeiçoando.
Sucesso!
Elias - Brasília/DF
www.pikidatrilha.blogspot.com
Nossa,
Eu estava acompanhando (via blog, claro) a história do reboque. Achei a idéia tão bacana, fiquei ligeiramente triste ao vê-lo partido nas fotos.
Ana
PS. adoro como você conta as histórias através das fotos.
Foi um prazer recebê-lo em Montenegro! Gente boa como tu pode retornar sempre, que abriremos a porta da nossa casa com orgulho e satisfação! Se der, nos encontraremos no domingo dia 13/07.
Um abraço do tamannho da minha estima por ti, maluco!
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