A previsão dos amigos da Guenoa, de Caxias do Sul, seria da ida de cinco remadores para Montenegro: Jean, Macuco (Heitor), Clunc, Vicente e Alexandre. Dois não compareceram (Clunc e Vicente) e Jean, Heitor e Alexandre chegaram à casa dos Petry bem a tempo de tomarem um café e um chimarrão. Arrumamos as tralhas no Land Rover do Jean e colocamos meu caiaque sobre o teto, prendendo-o provisoriamente com uma corda. Passamos rapidamente em um mercado e rumamos para o cais.
No cais de Montenegro Germano e seu filho já nos esperavam com o caiaque pronto. Retiramos as tralhas do carro do Jean e tratamos de nos aprontar para a remada. Sempre é muito bom o clima de partida para remar com amigos. Cada um arruma suas coisas e pergunta para os demais o que estão levando, procura um lugar para encaixar todas as tralhas e fica na expectativa para partir, imaginando o que encontrará pelos próximos sessenta e cinco quilômetros...
Sentimo-nos como uma atração no cais do porto de Montenegro na manhã de sábado. Várias pessoas que passavam paravam para ver o que estava acontecendo e alguns senhores mais maduros se arriscavam a dar conselhos e diziam: "Ah, se eu fosse mais novo também gostaria de sair remando..."
Por volta das nove e meia da manhã todos os caiaques estavam na água. Agradecemos ao Paulo Petry, despedimo-nos da plateia e seguimos rio abaixo.
Acima, Alexandre. Abaixo, Macuco (Heitor).
Germano
O amigão Paulo Petry sempre dando uma força!
Periferia de Montenegro
Última visão dos arredores de Montenegro, com o Morro São João dominando a paisagem.
O ritmo da remada foi de passeio, regulado pela performance dos caiaques infláveis (também conhecidos por ducks) que, por sua própria concepção, são embarcações bem mais lentas do que caiaques oceânicos. Nossos amigos de Caxias do Sul estavam habituados a esse tipo de caiaque, pois participam regularmente de corridas de aventura e têm excelente condicionamento físico.
Acima, Jean.
Ao meio dia e trinta começamos a procurar um local para a parada do almoço. Acabamos encontrando um trapiche perfeito para a atividade, com espaço suficiente para esparramarmos as tralhas de almoço e uma sombra muito bem vinda.
Sempre seguindo em ritmo tranquilo, vimos a ponte da rodovia Tabaí-Canoas se aproximar por volta das quatro e meia da tarde. A completa ausência de vento permitia que a água espelhasse o céu e as margens do rio.
Passando sob a ponte, começamos a pensar em procurar local para acampamento. Havíamos recebido informações desencontradas a respeito de um bom local para acamparmos. Alguns conhecidos dos amigos da Guenoa, que fazem passeios de lancha, haviam cogitado acerca da possibilidade de nos encontrarem para acampar nas proximidades da Volta do Anacleto, mas não apareceram - nem mandaram notícias...
Na Volta do Anacleto procuramos uma margem que fosse favorável para acampar, com mata e possibilidade de desembarque. Encontramos um local não ideal, mas suficientemente favorável para armarmos as barracas ficando camuflados entre as árvores.
Com o cair da noite os mosquitos chegaram para nos importunar, mas não ficaram por muito tempo. Uma fogueira crepitando e o rugir do fogareiro foram a trilha sonora para a janta. Tivemos até mesmo vinho para beber - proporcionado pelos amigos de Caxias do Sul - e ficamos algum tempo conversando antes do cansaço se manifestar...
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