Thursday, November 25, 2010

Pedal da Amizade - Primeiro dia: de Rondinha ao topo da Serra do Faxinal


Início da pedalada em Rondinha

Evânder, Tiane e eu combinamos uma pedalada pela região do litoral e serra no Nordeste do Rio Grande do Sul. Evânder saiu de Viamão na véspera e pedalou 170 quilômetros até Rondinha - com velocidade média de 22,4 km/h, digna do atleta que é! - para nos encontrar. Após a foto em frente à casa, seguimos pela Interpraias até o acesso que liga Rondinha à Estrada do Mar.
[Imagem capturada de vídeo]
Saindo de Rondinha rumo à Estrada do Mar

A Estrada do Mar felizmente estava com pouco movimento. Seguimos para o Norte, em direção a Torres, entrando em uma estrada de chão batido que liga a Estrada do mar à rodovia BR 101.
[Imagem capturada de vídeo]
Da Estrada do Mar seguimos para São Brás

Estradinha para São Brás, ao Norte da lagoa Itapeva.



Após a pedalada pela bela estradinha costeando a lagoa Itapeva, entramos na movimentadíssima BR 101, já duplicada. Percorremos um curto trecho de poucos quilômetros até o acesso a Dom Pedro de Alcântara, quando voltamos a pedalar em chão batido.

BR 101

Limite máximo de velocidade

Acesso para Dom Pedro de Alcântara

Passamos pelo pórtico de acesso a Dom Pedro de Alcântara, onde havia uma central turística fechada. Poucos metros adiante, quando pedalávamos por um belo trecho em meio a árvores, Tiane notou que a bicicleta estava diferente...
Tiane percebeu que a bicicleta estava diferente...
...e logo descobriu o pneu furado.

[Fotografia de Evânder]

O furo no pneu era na base do ventil, que se desprendeu completamente e não deixou dúvidas quanto à impossibilidade de conserto. Simplesmente retiramos a câmara, trocada pela reserva. Só estávamos levando uma reserva, pois é claro que nada mais poderia acontecer...
Chegando em Dom Pedro de Alcântara

Centro da cidade

Paixão no guidão

Em Dom Pedro de Alcântara não encontramos nada parecido com uma bicicletaria. Passamos pelo centro da pacata localidade, paramos para uma fotografia e seguimos adiante passando por pequenas estradas onde dá gosto pedalar. Cicloturismo em estado puro!!!


Grutas

Nomes interessantes...

Plantações de arroz

Rumo a Morrinhos do Sul

Voltamos a pedalar por asfalto, felizmente com pouco movimento. Em Morrinhos do Sul paramos para almoçar em frente à igreja, onde eu já havia parado em outras ocasiões.

Almoço em Morrinhos do Sul

Bom de garfo

Centro de Morrinhos do Sul

Depois da siesta à sombra da figueira no centro de Morrinhos do Sul, voltamos à estrada que nos conduziria a Praia Grande, já em território catarinense. Depois disso, viria a subida da Serra do Faxinal, quando sairíamos praticamente do nível do mar e ultrapassaríamos os mil metros de altitude.
[Trajeto e legendas sobre imagem do Google Earth]
Em verde, o percurso percorrido no primeiro dia de pedalada.

Antes de chegarmos à pequena localidade de Rio Mengue, precisamos parar por mais um problema com o pneu da Tiane. Estávamos sem câmara reserva e mais uma vez o furo era na base do ventil. Menos mal que o furo era pequeno, pois foi possível colocar um pouco de cola e, com fita isolante de auto fusão, fazer um conserto provisório. Ficamos na expectativa para ver se o remendo aguentaria...
[Fotografia de Tiane]
Segundo pneu furado da Tiane

[Fotografia de Tiane]


Pontes em Rio Mengue


Rio Mengue

Seguindo para Mampituba

Passamos pelas pontes de Rio Mengue, pelas pedras de Mampituba e chegamos à fronteira entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina com o remendo improvisado funcionando perfeitamente.

"No meio do caminho tinha várias pedras...
Tinha várias pedras no meio do caminho..."

Chegando em Praia Grande o que primeiro se avista são as torres da igreja

Aqui havia uma ponte, que foi destruída pela água.

Para ultrapassarmos a fronteira cruzamos o rio Mampituba por uma ponte relativamente nova, bem mais elevada do que a antiga, que fora destruída pelas águas. A simpática pinguela que havia nas proximidades foi desativada.

Ponte sobre o rio Mampituba, divisa entre os estados RS e SC.

Centro de Praia Grande

Aproveitamos a passagem por Praia Grande para comprar alguns alimentos e, claro, câmaras de reserva. Tomamos iogurte na praça em frente à igreja, aproveitando a sombra das árvores. Tiane estava um pouco ansiosa pela grande subida que teríamos pela frente.

A subida da serra começou com a alternância de trechos asfaltados (nas retas) e trechos de chão batido (nas curvas). Na última vez em que havia passado de bicicleta por ali, descendo, havia apenas um pequeno trecho de asfalto bem no final da descida. Praia Grande parece estar investindo na infraestrutura para promover o turismo, aproveitando as belezas naturais dos canyons, que Santa Catarina divide com o Rio Grande do Sul. O asfaltamento completo do acesso ao canyon Itaimbezinho definirá o desenvolvimento turístico da região e nesse aspecto o município catarinense adianta-se a Cambará do Sul, no topo da serra. Cambará propagandeia as belezas dos canyons, mas peca por não proporcionar acesso - a estrada esburacada e cheia de grandes pedras desestimula a visitação.

Subindo...

Logo no início da subida a bela paisagem da planície litorânea já se faz presente. Essa visão irá nos acompanhar frequentemente pelos quinze quilômetros de subida, amenizando o cansaço e fornecendo a desculpa que precisamos para descansar... afinal, é preciso parar para apreciar a paisagem e fotografar!
Enxergamos as lagoas vizinhas a Sombrio, o rio Mampituba escorrendo para o mar na direção de Torres e, bem ao longe, a vastidão azul do oceano. Para o outro lado, a estrada cheia de curvas, sempre subindo em direção às nuvens, onde haveremos de chegar pelo nosso próprio esforço.
Torres ao longe

Subindo...

Ultrapassaremos aquelas nuvens lááá em cima...

Subindo...

Praia Grande vai ficando lááá embaixo...




Subindo...

 Subindo...

À medida em que subimos, a temperatura desce. Chegamos e entramos nas nuvens, contando com a ajuda do amigo-atleta Evânder, que ajudou a Tiane por diversas vezes. Junto com a energia, o dia também já ia terminando; engolidos pelo nevoeiro, paramos em frente ao posto de fiscalização de tributos estaduais para uma breve conversa e recebemos água do policial militar que estava de plantão. Um vulto nos observava na escuridão da noite...

[Trajeto e legendas sobre imagem do Google Earth]
A subida, dos 50 aos 1000 metros de altitude
Chegamos nas nuvens!!!

Um fantasma no meio da noite

Informações disponibilizadas pelo gps:

Distância pedalada: 87,51 km;
Tempo pedalado: 6 h 50 min;
Velocidade média: 12,8 km/h;
Velocidade máxima: 34,7 km/h;
Tempo parado: 6 h 3 min;
Velocidade média total: 6,8 km/h;
Elevação máxima: 1159 m de altitude;
Acampamento a 978 m de altitude.

1 comment:

Evânder Run-up and cycling-up said...

Já estou com saudades desses ótimos momentos com vcs!!!!! Abraço.