Foi a pior noite da viagem.
A noite de 30 de abril para primeiro de maio foi terrivelmente tumultuada por um bando de campistas que chegou tarde e comportou-se extremamente mal. Estávamos no início de um feriado e uma multidão chegou para acampar na ilha. Muita conversa em voz alta, barulho e até pessoas gritando em plena madrugada, demonstrando grande falta de educação para com os vizinhos de acampamento que precisavam descansar após um dia de atividade, preparando-se para o dia seguinte. Mesmo com cansaço produzido pela falta de sono, levantamos cedo, tomamos um breve café e fomos para a praia.
A noite de 30 de abril para primeiro de maio foi terrivelmente tumultuada por um bando de campistas que chegou tarde e comportou-se extremamente mal. Estávamos no início de um feriado e uma multidão chegou para acampar na ilha. Muita conversa em voz alta, barulho e até pessoas gritando em plena madrugada, demonstrando grande falta de educação para com os vizinhos de acampamento que precisavam descansar após um dia de atividade, preparando-se para o dia seguinte. Mesmo com cansaço produzido pela falta de sono, levantamos cedo, tomamos um breve café e fomos para a praia.
Antes da pedalada Clayton havia conseguido um contato na Ilha Grande. Luciano também era gaúcho e havia decidido permanecer por lá depois de conhecer a ilha quando chegara para surfar. Já estava estabelecido, trabalhando com uma agência de turismo e alugando caiaques para passeios.
Luciano já nos aguardava com os pequenos caiaques plásticos do tipo sit-on-top (caiaques abertos sem cockpit). Após breves recomendações e fotografias, começamos a remar.
Seguimos para Noroeste e depois para Sudoeste, chegando à praia da Feiticeira, onde paramos para mergulhar e fotografar.
Uma leve brisa começava a agitar a superfície da água quando voltamos a remar para Oeste, em direção ao Saco do Céu.
Saco do Céu é um local protegido das ondas e do vento e intensamente propagandeado pelas agências turísticas como sendo o local onde, à noite, pode-se ver o céu espelhado nas calmas águas da baía. Por toda a propaganda, esperávamos mais do lugar. Pretendíamos mergulhar, mas a água, apesar de ter aparência esverdeada, era um pouco turva, então resolvemos retornar, parando na pequena Praia do Amor para fazer o lanche que seria nosso almoço.
Praia do Amor, no Saco do Céu.
Almoço feito, voltamos a remar justamente quando uma escuna com alto-falantes e cheia de turistas barulhentos se aproximava da Praia do Amor. Em vez de retornarmos pela mesma costa que havíamos percorrido, decidimos continuar, como se fôssemos contornar a ilha. Valeu a pena, pois encontramos um belo lugar em meio às pedras, onde mergulhamos e pudemos ver várias espécies de peixes, algas e corais.
Após o mergulho retornamos cortando caminho por águas abertas longe da costa, fazendo uma travessia de cinco quilômetros. Rumamos para uma pequena ilhota situada nas proximidades do acesso para a baía onde se situa a vila de Abraão e fomos surpreendidos por uma brusca mudança no tempo. Nuvens carregadas de chuva sopradas por vento forte vindo do Sul tornavam o céu ameaçador. Decidimos retornar para a costa, avançando penosamente contra o vento. Aproveitamos os abrigos naturais proporcionados pelas grandes rochas da costa para irmos "pulando" de um abrigo para outro, pois não conseguíamos remar por muito tempo contra o forte vento. Quando a chuva chegou encontramos refúgio atrás de uma grande pedra onde nem vento nem ondas nos atingiam.
Deitei-me sobre o caiaque, cobri o rosto com meu chapéu e fiquei ouvindo a chuva tamborilando no tecido e refrescando o corpo. Foi uma das sensações mais agradáveis da viagem sentir o balanço do mar tranquilamente enquanto a chuva passava.
Quando a chuva deu uma trégua remamos até a praia Preta e fomos surpreendidos pela aparição de um belo arco-íris.
Clayton estava tão cansado que chegou a dormir deitado dentro do caiaque.
Retornamos à vila de Abraão e sugeri encerrarmos a remada visitando alguns veleiros que estavam ancorados nas proximidades. Quando estávamos quase chegando, desabou uma chuvarada intensa e meus planos foram literalmente por água abaixo. Devolvemos os caiaques, remos, coletes e equipamento de mergulho livre (máscara e respirador) e retornamos ensopados ao camping, onde reinava o caos devido à chuva.
2 comments:
Aquilo ali é um Schloof Papagai
Olá Leonardo como vai tudo bem.
Gostaria de uma informação.
Quanto tempo de Remo de Abraão até feiticeira?
Quais recomendações você sugere para quem é iniciante em Remo.
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