Saturday, August 21, 2010

Remada para o Saco do Quilombo

[Trajeto e legendas sobre imagem do Google Earth]
O percurso em um contexto amplo

[Trajeto e legendas sobre imagem do Google Earth]
Os quatro rios e as ilhas do Delta do Jacuí

[Trajeto e legendas sobre imagem do Google Earth]
Percurso remado

Sete e meia da manhã, cinco graus, chuvisqueiro... Alguém se habilita a remar???

Por sugestão do meu amigo Germano, colocamos cedo os pés na estrada para ir à praia de Morretes (perto da foz do rio Caí), ponto de partida e chegada de uma remada no Delta do Jacuí que teria como objetivo chegar ao Saco do Quilombo.
O dia amanheceu nublado e frio e quando chegamos em Morretes fomos recepcionados por um breve chuvisqueiro que logo deu lugar a efêmeros raios de sol.

Cinco minutos depois, um solzinho para animar!

Canoas em Morretes

Iniciamos a remada por volta das oito horas da manhã descendo um pequeno trecho do rio Caí até alcançarmos as águas do Jacuí. No rio Caí passamos pelo terminal fluvial da empresa produtora de cimento e, aproveitando a correnteza favorável, logo chegamos à sua foz.

Descendo o rio Caí

Chegando ao Jacuí

No rio Jacuí remamos contra a correnteza e algumas ondas para chegarmos à Ilha do Lino e de lá para a margem direita do rio, atravessando o canal de navegação em direção à Ilha do Laje.

[Imagem capturada de vídeo]

[Imagem capturada de vídeo]
Pequenas ondas na travessia do Jacuí

Atravessando o canal de navegação no Jacuí

Bando de maçaricos

Navios no Jacuí

Uma bela árvore



[Trajeto e legendas sobre imagem do Google Earth]



Ponte sobre o rio Jacuí

O rio Jacuí divide-se em dois braços principais quando suas águas encontram a terra que forma a Ilha do Laje. Esses dois canais principais contêm as ilhas que conhecemos por Delta do Jacuí. Quando chegamos à extremidade da Ilha do Laje mudamos o rumo para o Sul e passamos a remar a favor da correnteza. Continuamos contornando a ilha, entrando em um canal formado pelo estreitamento da água entre a Ilha do Laje ao Norte e a Ilha das Flores ao Sul. Esse canal chama-se Formoso (é também conhecido por Sangradouro Formoso).

Passando pela Ilha do Lobisomem

Antes da remada eu havia observado, em uma carta topográfica do Exército, a existência de uma pequena ilha chamada Lobisomem. Essa ilha, segundo a carta, encontrava-se separada da Ilha do Laje por um pequeno canal. Minha ideia seria navegar por esse estreito canal, se fosse possível. Ao chegarmos ao local, porém, mesmo procurando não conseguimos encontrar o canal. Apenas após passarmos pela massa de terra que formava a Ilha do Lobisomem foi possível enxergar o que havia sido um canal, mas que agora encontrava-se completamente obstruído por vegetação - um capim muito denso que impedia a navegação.

Canal entre a Ilha do Lobisomem e Ilha do Laje

Impossível prosseguir remando


[Trajeto e legendas sobre imagem do Google Earth]

As ilhas que compõem o Delta do Jacuí são extrememente baixas e sujeitas às inundações que ocorrem com a variação do volume de água aportado pelos rios Jacuí, Caí, dos Sinos e Gravataí. Isso também se reflete no tipo de vegetação que encontramos por lá. Árvores grandes mas adaptadas ao solo encoberto pela água, taquareiras que ajudam a fixar as margens e muitas plantas de pequeno porte características de banhados. Essas características felizmente ajudam a manter afastada a danosa presença humana, pois em boa parte das ilhas é difícil a ocupação e construção.




Guanabara


Daiana


Germano procurando um lugar para o café

Pausa para o café

Por sugestão do Germano, encostamos ao lado da Ilha das Flores para tomarmos café. O dia continuava nublado e às vezes parecia que não escaparíamos da chuva. Após o café continuamos descendo pelo canal Formoso em direção à ilha do Cipriano.





A Ilha do Cipriano situa-se entre a Ilha do Laje, ao Norte, e a Ilha das Flores, ao Sul. Divide o canal Formoso em dois braços. Seguimos pela direita, remando entre a Ilha do Cipriano e a Ilha das Flores.

Germano entrando no canal entre a Ilha das Flores e a Ilha do Cipriano



Chuvisqueiro chegando...

A chuva, que estava rondando, chegou bem de leve, na forma de um chuvisqueiro que durou apenas alguns minutos.


Uma garça com estranho pescoço...

Seguindo em direção à entrada do Saco do Quilombo

Ponte entre a Ilha Grande dos Marinheiros e a Ilha das Flores

Entrando no Saco do Quilombo

Deixamos a Ilha do Cipriano para trás e passamos a remar ainda a favor da correnteza pelo Canal Três Rios. Mais adiante explico o porquê desse nome. À nossa esquerda estava a Ilha Grande dos Marinheiros e à direita a Ilha das Flores. Bem ao longe e à frente, uma ponte ligando essas duas ilhas. A entrada para o Saco do Quilombo estava nas proximidades da ponte, à direita. Ao entrarmos percebemos densa vegetação flutuante nas margens até onde a vista alcançava. Não seria fácil encontrar local onde desembarcar.


Fundo do Saco do Quilombo

Chuva sobre a cidade

Aguapés e muito capim nos separam da terra firme

Remamos contornando o Saco do Quilombo com a intenção de conhecermos todos os seus recantos. A terra firme ficava longe, separada dos caiaques por uma densa camada de capim flutuante que por vezes se apoiava nos aguapés. Aquele provavelmente seria um ambiente ideal para a proliferação de inúmeras espécies aquáticas. Enquanto tentava fotografar um casal de tarrãs (aves), um movimento na água atraiu minha atenção. Num piscar de olhos, a cabeça que me fitava e controlava os meus movimentos desapareceu - mas antes disso, consegui disparar o obturador da máquina (sem enquadramento nem foco...). Ficou ao menos o registro da presença de uma lontra curiosa!

Lontra

Tarrã

Fim da linha!!!

Seguimos contornando o Saco do Quilombo e entramos em um braço que quase divide a Ilha das Flores ao meio. Quando pesquisei a respeito do local onde remaríamos me deparei com uma infinidade de nomes confusos, dependendo a fonte de consulta. O Saco do Quilombo também era chamado de Saco das Traíras, por exemplo. Alguns dias depois da remada recebi mensagem eletrônica do Germano com um link para página na internet onde existe um decreto, de 16 de janeiro de 1979, contendo a nomenclatura que deveria ter sido adotada nessa região. Achei a informação interessante e aproveito a postagem para divulgá-la:

"DECRETO Nº 28.160, DE 16 DE JANEIRO DE 1979.
Denomina os acidentes geográficos das áreas integrantes do Parque Estadual Delta do Jacuí.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, no uso de atribuição que lhe confere o artigo 66, item IV, da Constituição Estado,
DECRETA:
Art. 1º - As ilhas integrantes do Parque Estadual Delta do Jacuí passam a ter as seguintes denominações:
Ilha do Pavão, anteriormente também conhecida como Ilha dos Passarinhos.
Ilha do Humaitá, anteriormente também conhecida como Ilha do Furado, do Cabral, do Gaveão, do Gavião e dos Mentz.
Ilha das Garças, anteriormente também denominada Ilha Grande, São Mateus e do Trabuco.
Ilha do Oliveira, anteriormente também chamada Ilha do Oliveiro do Olivério, dos Oliveiras, das Balsas, das Flores, do GPA, do Furadinho e dos Porcos.
Ilha Grande dos Marinheiros, anteriormente também conhecida como Ilha dos Marinheiros, Grande, Grande do Marinheiro, Grande do Rocha e do Aguiar.
Ilha do Serafim, anteriormente também denominada de Ilha Serafina de Araújo, do Serafim Araújo e do João Paulo.
Ilha do Lino, anteriormente também denominada de Ilha do João do Lino, do Limo, do Corumbé, do Corumbá e Ilhota do Eliziário.
Ilha do Lage, anteriormente também chamada de Lages, dos Lages, do Lages, dos Carás, Sant'Ana e de Pedro José de Almeida, à qual foi incorporada a Ilha do Lobishomem.
Ilha do Cipriano, anteriormente também denominada como da Cipriana, do Cirano, Solitária, dos Três Rios e Feliz.
Ilha das Flores, anteriormente também conhecida como Ilha das Traíras, dos Caras Pequenos, Maria Conga, do Tamanco e da Maria Monjolla, à qual foi incorporada a Ilha do Quilombo.
Ilha da Casa da Pólvora, anteriormente também denominada de Ilha da Pólvora e do Paiva, na região sudeste; Ilha do Cônsul ou Vallongo, na região sudoeste e Ilha de José Pedro Alves, Coroa Conga, Conga, da Conga e do Conga, na região norte.
Ilha do Chico Inglês.
Ilha Coroa dos Bagres, anteriormente também conhecida como Ilha Coroa aos Bugres, C'roa do Meio e das Gaivotas.
Ilha da Pintada, à qual foram incorporadas as Ilhas Mauá e do Sal seirinho ou dos Bagres.
Ilha das Balseiras.
Ilha das Pombas.
Ilha da Figueira.

Parágrafo único - As ilhas localizadas junto ao Saco do Ferraz e ao noroeste da Ilha das Pombas permanecem sem denominação oficial.

Art. 2º - Os canais situados nas áreas do Parque Estadual Delta do Jacuí passam a ter as seguintes denominações:
Canal das Balseiras, natural, localizado entre o sul da Ilha da Pintada e o norte da Ilha das Balseiras, anteriormente conhecido como Furado das Balseiras.
Canal Maria Conga, natural, entre o sul da Ilha das Flores e o norte da Ilha da Casa da Pólvora, anteriormente conhecido como Arroio Maria Conga, Sangradouro da Maria Conga, Sangradouro da Conga Canelete da Maria Conga e Furado da Maria Conga.
Canal Formoso, natural, entre o sul e o sudoeste da Ilha do Lage leste e norte da Ilha do Cipriano e norte da Ilha das Flores, anteriormente conhecido como Arroio Formoso, Sangradouro Formoso, Rio Formoso e Furado de Três Rios.
Canal Feliz, natural, entre o sul da Ilha do Cipriano e o norte da Ilha das Flores, anteriormente conhecido como Arroio Feliz e Arroio Felícia.
Canal Três Rios, natural, desde a confluência dos Canais do Lage, Formoso e Feliz até a entrada do Saco do Quilombo, oeste da Ilha Grande dos Marinheiros e leste da Ilha das Flores, anteriormente conhecido como Três Rios, Arroio Três Rios e Arroio Boca dos Três Rios.
Canal do Lage, natural, entre o oeste da Ilha Grande dos Marinheiros e leste e norte da Ilha do Lage, anteriormente também conhecido como Arroio do Lage, Arroio dos Lages, Arroio Lage, Arroio das Lages, Arroio do Lago, Rio da Lage, Rio Lages, Sangradouro do Lages, Sangradouro do Lage, Furado dos Lages, Sangradouro Aguiar, Arroio do Boticário, Arroio Tamanco, Arroio Tamanco, Rio das Tamancas e Arroio Caparica.
Canal do Furado Grande, natural, entre o leste da Ilha Grande dos Marinheiros, oeste das ilhas das Garças, do Oliveira e do Pavão, anteriormente conhecido, na parte norte, como Furado Grande e, na parte sul, como Canal do Furado, Arroio Furado, Rio dos Canudos e Arroio Canudos.
Canal do Chico Inglês, natural, entre o leste da Ilha do mesmo nome e o sudoeste da Ilha do Pavão.
Canal dos Navegantes, natural, entre o leste da Ilha do Pavão e o Cais de Saneamento, anteriormente também conhecido como Canal do Cais do Porto.
Canal do Humaitá, natural, entre o sudoeste da Ilha do Humaitá e o norte da Ilha do Pavão, anteriormente conhecido como Largo do Hamaitá e Furado do Humaitá.
Canal do Furadinho das Balsas, natural, entre o nordeste da Ilha do Oliveira e o sudoeste da Ilha das Garças, anteriormente denominado Furadinho das Balsas, Furado das Balsas, Arroio das Balsas e Rio Furadinho.
Canal das Garças, natural, entre o nordeste, norte e leste da Ilha das Garças e o Município de Canoas (Banhado Grande), até o Rio Gravataí.
Canal da Figueira, artificial, entre o Município de Guaíba e a Ilha da Figueira.
Canal do Gravataí, artificial, entre o oeste da Ilha do Humaitá e o Cais de Saneamento, anteriormente também conhecido como Canal do Saco do Cabral.
Canal da Pintada, misto, anteriormente conhecido como Arroio da Pintada e Sangradouro da Pintada. O trajeto natural está localizado ao norte, entre a parte oeste da Ilha da Pintada e o leste do Município de Guaíba; ao sul, o pequeno trajeto artificial liga o canal ao Saco de Santa Cruz.

Art. 3º - Passa a denominar-se Arroio das Traíras, anteriormente também conhecido como Furado das Traíras e Sangradouro das Traíras, o curso d'água localizado ao centro-oeste da Ilha das Flores, no sentido este-oeste e que deságua no Rio Jacuí.

Art. 4º - Os banhados localizados nas áreas do Parque Estadual Delta do Jacuí passam a ter as seguintes denominações:
Banhado das Balseiras, localizado na extremidade sul da Ilha da Pintada.
Banhado dos Quadros, localizado ao centro sul da Ilha da Pintada, também conhecido como Passo dos Quadros.

Art. 5º - Os sacos situados nas áreas do Parque Estadual Delta do Jacuí passam a ter as seguintes denominações:

Saco da Pintada, localizado no centro sul da Ilha da Pintada, anteriormente também conhecido como Saco do Colégio e Saco João Vicente.
Saco da Pólvora, ao sul da Ilha da Casa da Pólvora.
Saco do Ferraz, a leste da Ilha da Casa da Pólvora, anteriormente também conhecido como Saco Peixe Grosso.
Saco da Alemoa, entre o leste da Ilha das Flores e o oeste da Ilha Grande dos Marinheiros, desde o Canal Três Rios até o estreito entre o sudeste da Ilha das Flores e o sudoeste da Ilha Grande dos Marinheiros, anteriormente também conhecido como o Saco da Alemanha, Saco do Alemão, Saco da Maria Chinela e Enseada das Flores.
Saco do Quilombo, centro-norte da Ilha das Flores, com entrada a leste, pelo Canal Três Rios.
Saco dos Assombrados, ao sul da Ilha Grande dos Marinheiros, anteriormente também denominado Saco dos Enforcados, Saco dos Afogados e Saco do Xavier.
Saco do Jacaré, ao sudoeste da Ilha do Pavão, anteriormente também conhecido como Saco do Pavão e Saco do Boião.
Saco dos Canudos, ao centro-sul da Ilha do Chico Inglês, anteriormente também chamado de Saco das Canoas.
Saco do Cabral, entre o sudeste da Ilha do Humaitá e o Cais de Saneamento.
Saco das Garças, ao centro-sul da Ilha das Garças.

Art. 6º - Integra o presente Decreto mapa autenticado da região do Parque Estadual Delta do Jacuí, localizando os acidentes geográficos referidos.

Art. 7º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, de 16 de janeiro de 1979."
 
 
Ao que parece o decreto procurou colocar ordem na confusão (e profusão) de nomes que existem na região do Delta do Jacuí. Futuramente procurarei o mapa que foi publicado juntamente com o decreto. Se não encontrá-lo, pretendo elaborar o meu mapa particular e publicá-lo aqui no blog para referência. Nesta postagem manterei a grafia originalmente pesquisada antes da remada para evitar confusão. Para exemplificar, estávamos remando na realidade no Arroio das Traíras (a continuação das águas do Saco do Quilombo para Oeste).
 
Continuamos remando até sermos forçados a parar pela densa vegetação. Havíamos chegado ao "fim da linha"! Já passava do horário de almoço e a fome começava a se manifestar, mas não existia a menor possibilidade de chegar em terra firme. Germano ofereceu-me uma bergamota e começamos a retornar pela margem oposta.
 
[Trajeto e legendas sobre imagem do Google Earth]
Remamos até onde foi possível antes de retornar (à esquerda na imagem)

Há beleza até mesmo em folhas mortas

Pérolas efêmeras - singelos presentes da natureza

Lanche para espantar a fome

Retornando



[Por favor clique para ver o vídeo do Saco do Quilombo]


Quando saímos do Saco do Quilombo seguimos para a esquerda, passando a remar contra a correnteza do Canal Três Rios. Esse curso d'água recebe esse nome por se originar da confluência de três outros canais: Canal Feliz (entre a Ilha das Flores e a Ilha do Cipriano), Canal Formoso (entre a Ilha do Cipriano e a Ilha do Laje - ou Lage) e Canal do Lage (entre a Ilha do Lage - ou Laje - e a Ilha Grande dos Marinheiros). Na imagem abaixo, formada pela montagem de três fotografias, é possível visualizar a região:

[Legendas sobre montagem com fotografias]

[Trajeto e legendas sobre imagem do Google Earth]

Continuamos remando bem perto da margem com a intenção de evitar a correnteza contrária e também para procurarmos um local para almoço. Seguimos pela direita, entre a Ilha Grande dos Marinheiros e a Ilha do Laje (ou Laje). Os bons locais para desembarcar já estavam ocupados por propriedades onde se enxergava algum aviso de "proibida a entrada" ou "propriedade particular". Já quase tínhamos um "motim" em metade das naus por conta do horário avançado sem almoço, mas enquanto seguia na frente pensei com meus velcros e zíperes - pois não tinha botões...! -: "já remamos até aqui, não vamos parar em qualquer biboca para almoçar!!!"






Local de parada para o almoço

Depois de muita insistência fomos recompensados com um belo achado: um excelente local para almoço! Aos pés de uma grande figueira desembarcamos e tratamos de organizar as tralhas de almoço em uma mesa improvisada.

Germano chegando

Germano organizando a cozinha

Vista "aérea" do almoço

Mestre Cuca Germano

Servido?

Almoçamos muito bem, como sempre! Dessa vez tínhamos até mesmo uma mesa para o preparo e consumo do banquete, com direito a vista para o canal e belas árvores nos arredores. A única coisa que destoava da paisagem era um contêiner que havia sido utilizado como casa e que estava parcialmente depredado.
Aproveitamos a pausa da digestão após o almoço para uma sessão de fotografias.

Reflexos




Uma aranha bem camuflada








Findo o almoço e o descanso posterior, retornamos à água. Segundo o gps, estávamos a pouco mais de quatro quilômetros (em linha reta) de nosso ponto de chegada. Sendo assim, continuamos a remar com bastante calma, apreciando a bela paisagem e passando de vez em quando por residências ribeirinhas.


[Trajeto e legendas sobre imagem do Google Earth]
 Após a parada para almoço continuamos pelo canal até retornarmos ao Jacuí






Saindo do canal e retornando ao rio Jacuí (ao fundo).
De volta ao Jacuí

Ilha do Lino à nossa esquerda

Foz do rio Caí à frente



Saímos do canal e atravessamos o rio Jacuí, avistando a Ilha do Lino a bombordo debaixo de um céu carregado de nuvens escuras. Entramos no rio Caí e quando avistamos o terminal da empresa de cimento começaram a cair alguns pingos de chuva.


A chuva ficou só na ameaça e não se concretizou. Em poucos minutos mais de remada passávamos ao lado da embarcação atracada no terminal, em plena operação de descarregamento. Logo em seguida terminávamos o passeio na mesma prainha em Morretes onde iniciamos a jornada.



Apesar do dia nublado, escuro, com alguns chuviscos e um pouco de frio, a remada foi ótima. Conhecemos mais um belo recanto do Delta do Jacuí e tivemos a sorte de observarmos a fauna e a flora que ainda conseguem sobreviver bem ao lado da loucura e do caos urbano de Porto Alegre. E pensar que tem (muita) gente que prefere ficar em casa no sofá, assistindo as bobagens dos programas de auditório na televisão...

Saia do sofá!!!

Informações disponibilizadas pelo gps:
Distância remada: 32,50 km;
Tempo remado: 5h 36 min;
Velocidade média: 5,8 km/h;
Velocidade máxima: 10,9 km/h;
Tempo parado: 2 h 49 min;
Velocidade média total: 3,9 km/h.

3 comments:

kayaks e tralhas said...

Aquelas fotos da lontra são momentos de rara oportunidade e só quem está muito esperto merece fazê-las. Mas, entre tantas belas fotos, fico com aquela dos cavalos, parabéns,... tem que tirar a boina.

Jorge Luiz Padaratz said...

Leonardo, concordo com o Germano, a da lontra ficou show e para arrematar saiu até a foto de um cardeal do banhado (espécie em extinção)...parabéns!

Grupo Osório de Canoagem said...

Leonardo deixo aqui meus parabens, suas fotos sao muito boas, como disse o Germano tem que tirar a boina, boas remadas.