Friday, September 24, 2010

Ondas em Ingleses - Santa Catarina

 
Tiane e seu Quindim Precioso

Ingleses do Rio Vermelho é uma localidade situada ao Norte da Ilha de Santa Catarina, onde fica Florianópolis. Aproveitando visita à ilha, levamos o Quindim Precioso da Tiane para conhecer algumas ondas "um pouco mais macanudas" do que as marolinhas nas quais havíamos remado em Itapema e Bombas. Até surfistas havia no mar - sinal de que as ondas estavam valendo a pena!
Remar no mar com ondas é algo bem diferente dos passeios em rio ou lagoa aos quais estamos habituados, de modo que aproveitamos a oportunidade para aprender. O Quindim Precioso não é o tipo de caiaque mais indicado para manobras em ondas, mas é muito mais manobrável do que o meu ilegal! com seus 5,55 metros de comprimento.
Tiane estava um pouco receosa no princípio, pois nunca havia remado nessas condições. Mas, com o argumento de que "da água não passa", foi bastante corajosa para a água, mesmo sem nunca ter realizado manobras como o apoio da pá do remo na onda. Os "caldos" tomados serviram para animar e para incentivar! Parabéns!!!

Tiane entrando

Olha a onda!!!

Ops...!

Vamos de novo!!!

Quindim Precioso galgando as ondas!

Aiaiai...

Mulher ao mar!!!

É isso aí, vamos de novo!!!

Lá vêm as ondas!!!

Isso!!!

Está na hora de voltar...

Dá-lhe Quindim Precioso!!!

Abaixo estão postadas fotografias tiradas pela Tiane. Algumas são partes ampliadas da fotografia original para que se possa visualizar melhor, já que sua máquina fotográfica não possui zoom muito grande.

[Fotografia de Tiane]
Aquele pontinho lá no fundo sou eu, remando no Quindim Precioso.

[Fotografia de Tiane]
Ultrapassando a última onda da arrebentação

Estava muito boa a remada com o Quindim Precioso da Tiane. Primeiro remei para longe da praia, subindo e descendo as enormes massas d'água de um azul deslumbrante. A coloração da água vai se modificando à medida em que nos afastamos da praia. Quanto maior a profundidade, mais azul. Por estar afastado, pude enxergar a praia mais ao Norte entre os costões de pedra. A areia da praia sumia quando o caiaque estava no ponto mais baixo da ondulação. O silêncio era bem vindo.
Retornei à zona de arrebentação para aproveitar a oportunidade e tentar remar em algumas ondas. Fazia muito tempo que não sentia essa sensação maravilhosa da adrenalina provocada pela ação do caiaque descendo pela parede da onda... Muito bom! Mesmo meio enferrujado consegui pegar algumas ondas e tomar alguns caldos!!!






[Sequência de fotografias de Tiane]

[Fotografia de Tiane]
Pelo jeito o mar estava bom para o surfe

[Fotografia de Tiane]
Sumindo na espuma



[Sequência de fotografias de Tiane]
Yellow Submarine!

Para entrar no mar é necessário passar a arrebentação, vencendo as ondas - que às vezes podem parecer bem grandes! A ideia é observar a sucessão de ondas (ou série) para aguardar o momento mais oportuno, quando a ondulação está mais fraca. Lembro-me de uma vez, na praia de Rondinha, em que calculei mal e, ao tentar passar pela onda formada no último banco de areia (mais para o fundo e, portanto, formando a onda mais alta), fui projetado para trás - junto com o caiaque! - pela onda que quebrava. Por instantes (que pareceram bem longos na ocasião) eu me senti como se estivesse dentro de um liquidificador gigante...
Felizmente as ondas em Ingleses não estavam tão ameaçadoras e pude aproveitar várias delas para brincar com o Quindim Precioso. A ideia é descer a onda evitando o rumo perpendicular a ela, para que o caiaque não "enterre" a proa na água. Em ondas pequenas dá para provocar isso, fazendo com que parte do caiaque submerja como se fosse afundar. Nesses momentos o Quindim Precioso fica parecendo um Yellow Submarine!!!






[Sequência de fotografias de Tiane]
Lá vem o Yellow Submarine de novo!!!


[Sequência de fotografias de Tiane]
Lá vem a onda!!!




[Sequência de fotografias de Tiane]
Verificando a temperatura, salinidade e profundidade da água...

Algumas vezes, mesmo descendo a onda diagonalmente, perde-se momentaneamente o controle e a proa afunda. Como o caiaque é empurrado pela onda - e por menor que seja, sua força é muito maior do que o mais forte canoísta! -, acaba girando sobre o próprio eixo. O resultado é que o peão cai do cavalo! Menos mal que o cavalo é um caiaque e o chão é a água!!! Há que se ressaltar uma questão importante envolvendo não a segurança do remador, mas a dos banhistas - especialmente as crianças, curiosas com o caiaque: quando se leva um tombo é recomendável segurar o caiaque (e o remo) para evitar que seja levado pela próxima onda com velocidade para a praia. Um banhista desavisado ou uma criança curiosa não são páreo para um caiaque parcialmente cheio d'água, extremamente pesado. Um choque desse caiaque contra uma pessoa provavelmente terá consequências desastrosas - para a pessoa!!! Mesmo na água rasa, quando se está preparando para entrar ou sair do caiaque, é preciso cuidar com a aproximação das pessoas (em especial as crianças curiosas), pois uma pequena onda já é capaz de arrastar o caiaque para as canelas do mais próximo. E isso dói!!!





[Sequência de fotografias de Tiane]
Pegar onda de costas é mais difícil...!

Outra fonte comum de tombos é quando o caiaque é arrastado lateralmente pela onda e ela acaba invertendo o deslocamento normal do caiaque, ou seja, ele começa a surfar de ré. É bem fácil perder o controle e capotar quando a popa submerge, mesmo em uma onda pequena.
Bem, o objetivo dessa postagem não é ter a pretensão de ensinar qualquer técnica de remada. A ideia é incitar o leitor a praticar as atividades ao ar livre em contato com a natureza. Não se deve desistir de remar só por causa de um "caldinho", pois isso faz parte do aprendizado. O que se deve ter em mente é praticar qualquer atividade com segurança e responsabilidade. E - fundamental! - aproveitar para se divertir!!!








[Sequência de fotografias de Tiane]
Uhuuuuu! Que ondão!!!

[Ampliação de fotografia de Tiane]
Tiane, muito obrigado pelo empréstimo do Quindim Precioso!!!
(e pelas fotos!)

[Legendas sobre imagem do Google Earth]
A Ilha de Santa Catarina

[Legenda sobre imagem do Google Earth]
No Norte da ilha situa-se a localidade de Ingleses do Rio Vermelho

[Legendas sobre imagem do Google Earth]

Gostaria de agradecer aos amigos Rosane, Diego, Marina e Marco pela acolhida em Ingleses e pelo dia de "pique-nique" na praia. Banho de mar, caiaque (também com banho), frisbee, pandorga e jogo de taco estavam bem legais (desculpa a bolada, Rosane!!!) e os sanduíches estavam ótimos! Valeu!!!

Diego (deitado), Rosane, Tiane e Marco.

Rosane, Marco e Marina.

Marco e a pandorga

Para ver texto e fotos da Tiane, por favor clique à direita da postagem no link "Se minha bici falasse".

1 comment:

Walter Hasenack said...

Velhos tempos em que pegávamos ondas em Rondinha. Temos que reativar a prática. Só necesito de uma saia para vedar o cockpit do meu caiaque. A manha de pegar onda eu ainda tenho!!!