Belíssima manhã no litoral norte de Santa Catarina. Após o café da manhã, Valdo e eu seguimos a pé até a praia para que ele me mostrasse as três pontas de pedra: Primeira Pedra ou Pedra do Areião, Segunda Pedra ou Pedra do Meio e Terceira Pedra, Pedra do Surfista ou Pedra do Mendanha. Visitamos as pontas e observamos os pescadores retornando do mar.
Após a caminhada, retornamos à casa onde estávamos hospedados. Devolvemos o colchão emprestado pelo vizinho, retiramos os nossos pertences e deixamos a casa como havíamos recebido.
Valdo seguiria em sua Cruzbike comigo até um entroncamento, creio que entre a PR 415 e a PR 412, já no Estado do Paraná; de lá ele seguiria em direção a Garuva, retornando depois para Joinville, enquanto eu pedalaria novamente até o litoral pela PR 412.
Despedimo-nos com a certeza de que em breve pedalaremos juntos novamente... ... talvez com a Cruzbike em nova roupagem.
Tchau, Valdo! Muito obrigado pela acolhida!
Pedalando sozinho pela estrada para o litoral, fiquei imaginando o que deve estar pensando o Valdo, nos preparativos para uma volta ao mundo. Quanta coisa deve passar por sua cabeça nesse momento... Boa sorte, Valdo, estamos na torcida!!!
Pedalando novamente pelo litoral, cheguei à bela praia de Guaratuba.
Na fotografia acima, Praia do Cristo e morro de mesmo nome.
Igreja Matriz, no centro de Guaratuba. Almocei em um restaurante nas proximidades. Depois de passear um pouco pelo centro, esperando o comércio reabrir na parte da tarde, comprei mais uma fita para a filmadora emprestada pelo Ruvan, já que no dia seguinte (domingo) provavelmente não encontraria nenhuma loja aberta. Almoço, passeio e compra feita, tratei de seguir até a balsa, onde faria a travessia pela extremidade da Baía de Guaratuba até Matinhos.
Acima, Baía de Guaratuba com visão da Ilha do Rato; abaixo, vista da praia e do Morro do Cristo (à esquerda).
Saí do albergue e fiquei dando voltas pela parte antiga da cidade até por volta do meio-dia, quando encontrei as portas da estação férrea (acima) abertas. Consegui finalmente as informações que desejava e comprei passagem para mim e para a bicicleta (em um vagão separado). O trem sairia somente às 14 horas, então tratei de dar mais uma volta pela cidade (fotos abaixo).
Fui conhecer o porto, que me chamou a atenção pela sujeira na rua e pelo total isolamento do mar. Para enxergar a água tive de pedalar até sair do porto e encontrar um pequeno trapiche de madeira (acima) em frente a uma igreja (abaixo). Lá parei para comer um sanduíche, meu almoço de domingo.
Com o horário do trem se aproximando, tratei de retornar à estação. Acabei cruzando com a composição quando estava prestes a atravessar os trilhos. Na estação fui orientado a deixar minha bicicleta em uma sala (sem luz) até que chegasse a hora de embarcar. Quase fui impedido de filmar a chegada do trem - tive de deixar a filmadora no chão, na plataforma de embarque, pois o "responsável" me disse que seria "advertido" pelo maquinista se deixasse alguém se aproximar... Realmente o turismo engatinha no Brasil...
A partir de Morretes o trem foi subindo e o tempo, fechando. Engolido pela neblina, somente em alguns momentos pude ter alguma idéia do belíssimo trajeto que estava percorrendo. Sem dúvida, uma viagem a ser refeita.
Segunda-feira, 2 de junho. Dia de voltar!
Valdo seguiria em sua Cruzbike comigo até um entroncamento, creio que entre a PR 415 e a PR 412, já no Estado do Paraná; de lá ele seguiria em direção a Garuva, retornando depois para Joinville, enquanto eu pedalaria novamente até o litoral pela PR 412.
Despedimo-nos com a certeza de que em breve pedalaremos juntos novamente... ... talvez com a Cruzbike em nova roupagem.
Tchau, Valdo! Muito obrigado pela acolhida!
Pedalando sozinho pela estrada para o litoral, fiquei imaginando o que deve estar pensando o Valdo, nos preparativos para uma volta ao mundo. Quanta coisa deve passar por sua cabeça nesse momento... Boa sorte, Valdo, estamos na torcida!!!
Pedalando novamente pelo litoral, cheguei à bela praia de Guaratuba.
Na fotografia acima, Praia do Cristo e morro de mesmo nome.
Igreja Matriz, no centro de Guaratuba. Almocei em um restaurante nas proximidades. Depois de passear um pouco pelo centro, esperando o comércio reabrir na parte da tarde, comprei mais uma fita para a filmadora emprestada pelo Ruvan, já que no dia seguinte (domingo) provavelmente não encontraria nenhuma loja aberta. Almoço, passeio e compra feita, tratei de seguir até a balsa, onde faria a travessia pela extremidade da Baía de Guaratuba até Matinhos.
Acima, Baía de Guaratuba com visão da Ilha do Rato; abaixo, vista da praia e do Morro do Cristo (à esquerda).
Voltando à estrada, passei por Matinhos em direção a Pontal do Paraná e segui pela PR 407 em direção a Paranaguá.
O tempo começou a fechar e a cada quilômetro aumentava a sensação de que a chuva não tardaria a chegar. Nas proximidades da cidade a sinalização ficou confusa e acabei entrando na cidade não pela BR 277, mas por um acesso secundário. Muitos trabalhadores utilizavam-se de bicicletas para seu deslocamento vespertino. A primeira impressão não foi muito agradável, talvez pelo trânsito caótico ou pela sujeira da cidade. Chegando ao centro histórico, tratei de obter informações sobre o trem de Paranaguá para Curitiba. A estação de trens estava fechada, mas havia na porta um papel meio amarelado indicando que haveria somente um horário de trem, semanal, no domingo. Nenhuma informação sobre como adquirir a passagem. Perguntei em uma rodoviária nas proximidades e a mulher que me atendeu sequer sabia da existência do trem: - "Não, meu filho, esse trem não passa mais aí há anos!"
O tempo começou a fechar e a cada quilômetro aumentava a sensação de que a chuva não tardaria a chegar. Nas proximidades da cidade a sinalização ficou confusa e acabei entrando na cidade não pela BR 277, mas por um acesso secundário. Muitos trabalhadores utilizavam-se de bicicletas para seu deslocamento vespertino. A primeira impressão não foi muito agradável, talvez pelo trânsito caótico ou pela sujeira da cidade. Chegando ao centro histórico, tratei de obter informações sobre o trem de Paranaguá para Curitiba. A estação de trens estava fechada, mas havia na porta um papel meio amarelado indicando que haveria somente um horário de trem, semanal, no domingo. Nenhuma informação sobre como adquirir a passagem. Perguntei em uma rodoviária nas proximidades e a mulher que me atendeu sequer sabia da existência do trem: - "Não, meu filho, esse trem não passa mais aí há anos!"
O tempo começou a fechar mais ainda e, com o final da tarde se aproximando, tratei de procurar um local para passar a noite. Poucas quadras adiante encontrei um Albergue da Juventude. De novo, nenhuma informação... Instalei-me no quarto, tomei um bom banho, fiz um lanche e ouvi a chuva caindo lá fora...
Dst 1 (distância pedalada no dia): 82,58 km;
Dst 2 (distância acumulada): 897,93 km;
Odo (odômetro - registro contínuo de distância): 6528,2 km;
Tm (tempo pedalado): 4 h 04 min 02 s;
Av (velocidade média pedalada): 20,3 km/h;
Mx (velocidade máxima pedalada): 53,0 km/h.
Domingo, primeiro de junho. Em Paranaguá o dia amanheceu nublado, mas sem chuva. Tomei o café da manhã no albergue e saí para verificar o posto de informações turísticas. Não encontrei nada aberto para obter informações sobre a compra de passagem de trem de Paranaguá para Curitiba. Por ser uma atração turística, creio que fica muito aquém do que deveria.Saí do albergue e fiquei dando voltas pela parte antiga da cidade até por volta do meio-dia, quando encontrei as portas da estação férrea (acima) abertas. Consegui finalmente as informações que desejava e comprei passagem para mim e para a bicicleta (em um vagão separado). O trem sairia somente às 14 horas, então tratei de dar mais uma volta pela cidade (fotos abaixo).
Fui conhecer o porto, que me chamou a atenção pela sujeira na rua e pelo total isolamento do mar. Para enxergar a água tive de pedalar até sair do porto e encontrar um pequeno trapiche de madeira (acima) em frente a uma igreja (abaixo). Lá parei para comer um sanduíche, meu almoço de domingo.
Com o horário do trem se aproximando, tratei de retornar à estação. Acabei cruzando com a composição quando estava prestes a atravessar os trilhos. Na estação fui orientado a deixar minha bicicleta em uma sala (sem luz) até que chegasse a hora de embarcar. Quase fui impedido de filmar a chegada do trem - tive de deixar a filmadora no chão, na plataforma de embarque, pois o "responsável" me disse que seria "advertido" pelo maquinista se deixasse alguém se aproximar... Realmente o turismo engatinha no Brasil...
Fui ao quarto escuro buscar a bicicleta, que seguiria no vagão auxiliar (foto acima). Por cinco horas viajaríamos separados, subindo a serra...
Pequena pedalada em Paranaguá:
Dst 1 (distância pedalada no dia): 10,87 km;
Dst 2 (distância acumulada): 908,81 km;
Odo (odômetro - registro contínuo de distância): 6539,1 km;
Tm (tempo pedalado): 51 min 42 s;
Av (velocidade média pedalada): 12,5 km/h;
Mx (velocidade máxima pedalada): 25,4 km/h.
Os primeiros quilômetros de trem foram bastante lentos e sem atrativos, pois praticamente limitou-se a percorrer área urbanizada e em terreno plano, até chegar na pequena cidade de Morretes (abaixo).A partir de Morretes o trem foi subindo e o tempo, fechando. Engolido pela neblina, somente em alguns momentos pude ter alguma idéia do belíssimo trajeto que estava percorrendo. Sem dúvida, uma viagem a ser refeita.
Cheguei à noite (19 horas) em Curitiba, na Estação Rodoferroviária. Aproveitei a oportunidade para verificar as opções de passagem de ônibus para retornar ao Sul. Além de cara, a passagem contemplava somente o passageiro. Quando chegava a falar na bicicleta, os atendentes batiam cabeça... Resumindo, a bicicleta teria que ser embalada (obrigatoriamente) e pagar uma taxa extra (que em uma empresa ficaria por "módicos" 80 reais...). Optei por deixar para decidir no dia seguinte. Pedalando pela cidade, tratei de encontrar um caixa eletrônico, pois estava sem dinheiro algum. Depois disso, encontrei mais um Albergue da Juventude. Banho quente (mas não muito!) e cama...
Breve pedalada chegando em Curitiba:
Dst 1 (distância pedalada no dia): 5,00 km;
Dst 2 (distância acumulada): 913,81 km;
Odo (odômetro - registro contínuo de distância): 6544,1 km;
Tm (tempo pedalado): 27 min 57 s;
Av (velocidade média pedalada): 10,5 km/h;
Mx (velocidade máxima pedalada): 27,5 km/h.
Segunda-feira, 2 de junho. Dia de voltar!
Tomei o café da manhã no albergue e saí. Queria dar uma volta pela cidade, resolver como voltar para o Sul e, de preferência, conhecer alguma atração da capital paranaense. Encontrei uma cidade muito limpa, o que realmente me impressionou.
Passeando pelas ruas (abaixo, belo prédio da universidade), encontrei uma agência de viagens e, só por curiosidade, entrei para perguntar o preço de uma passagem aérea. As opções eram tentadoras, apenas um pouco mais caras do que as passagens de ônibus (e mais baratas do que uma viagem em ônibus leito!). A maioria das empresas aéreas exigia o encaixotamento da bicicleta, mas uma delas não, o que me animou. O inconveniente era a taxa extra cobrada pela bagagem. Mesmo assim, achei que valia a pena. Retornei ao caixa eletrônico, retirei dinheiro e comprei a passagem. Horário do vôo Curitiba - Porto Alegre: 21 h 20 min.
Retorno decidido, aproveitei para almoçar no centro da cidade e, munido de um mapa turístico, decidi que conheceria o Jardim Botânico, pois de lá seguiria para o aeroporto, um pouco distante da cidade. Foi o que fiz, e não me arrependi. Um belo atrativo, como se vê nas fotos seguintes.
Retorno decidido, aproveitei para almoçar no centro da cidade e, munido de um mapa turístico, decidi que conheceria o Jardim Botânico, pois de lá seguiria para o aeroporto, um pouco distante da cidade. Foi o que fiz, e não me arrependi. Um belo atrativo, como se vê nas fotos seguintes.
No próprio Jardim Botânico tive a oportunidade de conhecer um velódromo (e até arrisquei uma voltinha, com bicicleta carregada!)
Com o final da tarde se aproximando, resolvi seguir viagem. Precisaria pedalar até o aeroporto, em São José dos Pinhais. Não queria pedalar à noite e dar chance ao azar e, além disso, não conhecia o caminho, de modo que cheguei relativamente cedo, o que me deu tempo para reorganizar a bagagem.
Para evitar o pagamento de excesso de peso, acomodei alguns itens no saco estanque preto, que seguiria como bagagem de mão (além da bolsa de guidom). Murchei os pneus (visto que o compartimento de bagagens não é pressurizado - deixar os pneus cheios é garantia de vê-los estourados quando se chega ao destino) e fixei bem os alforjes com dois elásticos para evitar que eventualmente fossem retirados por algum funcionário. No final, nem seria necessário, pois a bicicleta acabou sendo embalada em plástico e ficou bem protegida (detalhe da foto abaixo).
Com o final da tarde se aproximando, resolvi seguir viagem. Precisaria pedalar até o aeroporto, em São José dos Pinhais. Não queria pedalar à noite e dar chance ao azar e, além disso, não conhecia o caminho, de modo que cheguei relativamente cedo, o que me deu tempo para reorganizar a bagagem.
Para evitar o pagamento de excesso de peso, acomodei alguns itens no saco estanque preto, que seguiria como bagagem de mão (além da bolsa de guidom). Murchei os pneus (visto que o compartimento de bagagens não é pressurizado - deixar os pneus cheios é garantia de vê-los estourados quando se chega ao destino) e fixei bem os alforjes com dois elásticos para evitar que eventualmente fossem retirados por algum funcionário. No final, nem seria necessário, pois a bicicleta acabou sendo embalada em plástico e ficou bem protegida (detalhe da foto abaixo).
Tive bastante tempo para ler e registrar a breve passagem por Curitiba:
Dst 1 (distância pedalada no dia): 34,44 km;
Dst 2 (distância acumulada): 948,25 km;
Odo (odômetro - registro contínuo de distância): 6578,5 km;
Tm (tempo pedalado): 2 h 41 min 12 s;
Av (velocidade média pedalada): 12,8 km/h;
Mx (velocidade máxima pedalada): 38,0 km/h.
O vôo atrasou (que novidade!), saindo somente após a meia-noite.Cheguei em Porto Alegre, portanto, somente no dia 3 de junho, terça-feira, por volta da uma e meia da manhã. A bicicleta chegou perfeita, tive apenas o trabalho de retirar o plástico, recolocar o saco estanque no bagageiro traseiro, fixar a bolsa de guidom (com apenas um click!) e enxer os pneus. Última pedalada (nervosa!) pela madrugada de Porto Alegre. Concluía assim mais uma pequena viagem de bicicleta.
Dst 1 (distância pedalada no dia): 7,75 km;
Dst 2 (distância acumulada): 956,00 km;
Odo (odômetro - registro contínuo de distância): 6586,3 km;
Tm (tempo pedalado): 24 min 39 s;
Av (velocidade média pedalada): 18,8 km/h;
Mx (velocidade máxima pedalada): 39,0 km/h.
Nota pós-pedalada: a roda enviada pelo correio desde Florianópolis chegou ao seu destino e foi trocada sem problemas na loja onde havia sido comprada. A bicicleta e o ciclista terminaram a jornada em boas condições, prontos para a próxima!