23 de setembro de 2008 - oitavo dia
Conheci duas pessoas muito simpáticas: René e Nicol Ruckstuhl, do Sul da Suíça. Estão viajando pela América do Sul e seguiam para Foz do Iguaçu. O link para seu blog encontra-se ao lado (Orix on Road). Vale a pena uma visita!
Um casal muito simpático, aproveitando a vida viajando a bordo de um caminhão construído por eles mesmos. Uma verdadeira máquina de viajar, com uma fantástica autonomia e tudo o que precisam. Conversamos bastante (eu tentando arranhar umas palavras em alemão...) e eles me convidaram para ficar para o almoço. Claro que aceitei!
Deixei instruções para que eles encontrassem os meus pais, em Nova Petrópolis (o que de fato ocorreu posteriormente).
Acima e abaixo, a praia em São Lourenço do Sul, no camping municipal.
Após o almoço preparado por Nicol - massa com queijo ralado, atum e sardinhas, salada de cenoura e até sobremesa: café e bolo! -, despedi-me desejando uma boa viagem e esperando encontrá-los em breve. Teria pela frente um longo trajeto em estradas de terra (e areia!) praticamente até Porto Alegre - na verdade, até o acesso para Eldorado do Sul, adiante de Guaíba.
Acordei completamente refeito do cansaço do dia anterior, com belos raios de sol iluminando minha pequena barraca.
Conheci duas pessoas muito simpáticas: René e Nicol Ruckstuhl, do Sul da Suíça. Estão viajando pela América do Sul e seguiam para Foz do Iguaçu. O link para seu blog encontra-se ao lado (Orix on Road). Vale a pena uma visita!
Um casal muito simpático, aproveitando a vida viajando a bordo de um caminhão construído por eles mesmos. Uma verdadeira máquina de viajar, com uma fantástica autonomia e tudo o que precisam. Conversamos bastante (eu tentando arranhar umas palavras em alemão...) e eles me convidaram para ficar para o almoço. Claro que aceitei!
Deixei instruções para que eles encontrassem os meus pais, em Nova Petrópolis (o que de fato ocorreu posteriormente).
Acima e abaixo, a praia em São Lourenço do Sul, no camping municipal.
Após o almoço preparado por Nicol - massa com queijo ralado, atum e sardinhas, salada de cenoura e até sobremesa: café e bolo! -, despedi-me desejando uma boa viagem e esperando encontrá-los em breve. Teria pela frente um longo trajeto em estradas de terra (e areia!) praticamente até Porto Alegre - na verdade, até o acesso para Eldorado do Sul, adiante de Guaíba.
Comecei a pedalar depois das três da tarde.
Estrada de acesso para o camping.
Acima, ciclovia em São Lourenço do Sul. Abaixo, saída da cidade...
... rumo a Pacheca.
Desde as primeiras pedaladas pela estradinha para Pacheca comecei a aprender o verdadeiro significado das palavras "areião", "costeletas" e "tudojunto"!!!
Quando estava praticamente "no meio do nada" percebi que a roda dianteira começava a roçar no paralama. Isso estava acontecendo normalmente quando passava pelo barro que havia se formado pela chuva da véspera (aquela que não me pegou!), mas agora parecia demais e, realmente, aquele atrito todo que estava sentindo não era normal. Ao parar de pedalar e descer da bicicleta descobri rapidamente a causa: meu bagageiro dianteiro havia quebrado!
Ficou tão bom que continua na bicicleta (em 9/10/08, quando escrevo essa postagem) e provavelmente agüentará a próxima pedalada!
Continuei, feliz por ter resolvido o problema e por ver a natureza ao redor.
Com o final do dia já em curso, apressei o pedal para tentar chegar em Pacheca. Nunca havia ouvido falar dessa localidade, mas constava no meu mapa. Antes disso, era preciso atravessar o rio Camaquã em uma balsa... (ou algo assim, me disseram!)
A noite foi chegando e a estrada piorando. Do campo aberto passei para uma região de muito mato e área alagadiça.
Estrada de acesso para o camping.
Acima, ciclovia em São Lourenço do Sul. Abaixo, saída da cidade...
... rumo a Pacheca.
Desde as primeiras pedaladas pela estradinha para Pacheca comecei a aprender o verdadeiro significado das palavras "areião", "costeletas" e "tudojunto"!!!
Quando estava praticamente "no meio do nada" percebi que a roda dianteira começava a roçar no paralama. Isso estava acontecendo normalmente quando passava pelo barro que havia se formado pela chuva da véspera (aquela que não me pegou!), mas agora parecia demais e, realmente, aquele atrito todo que estava sentindo não era normal. Ao parar de pedalar e descer da bicicleta descobri rapidamente a causa: meu bagageiro dianteiro havia quebrado!
O que fazer, ali no meio do nada? Reuni os itens do meu "kit gambiarra" e fiz um "conserto definitivo" utilizando somente um cordão!
Ficou tão bom que continua na bicicleta (em 9/10/08, quando escrevo essa postagem) e provavelmente agüentará a próxima pedalada!
Continuei, feliz por ter resolvido o problema e por ver a natureza ao redor.
Com o final do dia já em curso, apressei o pedal para tentar chegar em Pacheca. Nunca havia ouvido falar dessa localidade, mas constava no meu mapa. Antes disso, era preciso atravessar o rio Camaquã em uma balsa... (ou algo assim, me disseram!)
A noite foi chegando e a estrada piorando. Do campo aberto passei para uma região de muito mato e área alagadiça.
Acima, a estrada - estrada??? - até o rio Camaquã.
Repentinamente a estrada acabava em um areião. Na penumbra, pude distinguir que o rio era bastante largo. Nem sinal de balsa ou de alguém, apenas umas luzinhas bem no alto do barranco, lááá longe...
Encontrei uma utilidade para a minha buzina e tratei de usá-la. Lá pela terceira tentativa, quando a resposta eram apenas latidos, ouvi alguém gritar: "não adianta ficar buzinando, essa hora não tem mais balsa! Isso é hora de ficar buzinando?"
Ih, e agora? Bem, ao menos havia alguém por lá. De mau humor, mas alguém...
Tratei de responder: "mas estou de bicicleta!"
E a resposta: "de bicicleta? Espera aí, vou de canoa!"
Bem, ao menos havia alguém, e parece que eu ganharia um transporte de canoa. Logo imaginei a canoa virando com o peso excessivo da bicicleta ou o canoeiro se recusando a transportá-la por causa da bagagem...
Tratei de tirar os alforjes, o saco estanque e a bolsa de guidom (isso tudo feito em poucos segundos). Tirei também as sapatilhas e fiquei de pés descalços para poder pisar na lama e dentro d´água.
Chegou o canoeiro, e logo tratei de pedir desculpas pelas buzinadas, explicando que estava viajando de bicicleta, etc e tal. Acho que realmente ele não estava de bom humor, mas consegui ajeitar bicicleta e bagagem na pequena canoa. Aquilo tudo balançava bastante, mas só fiquei com receio de que tudo fosse ao fundo quando chegamos ao trecho com correnteza, já próximo à outra margem. Mas tudo correu bem e consegui desembarcar tudo em segurança. Paguei os três reais e o canoeiro sumiu no escuro.
Recoloquei a bagagem, tratei de tentar registrar a cena (as fotos acima são de péssima qualidade, pois "clareei" a fotografia para tentar mostrar um pouco do ambiente - que estava em escuridão completa).
Continuei pela estrada barranco acima até uma pequena localidade, que realmente era Pacheca. Encontrei um mercado onde comprei leite e perguntei se haveria algum local para acampar. O rapaz que me atendeu disse-me para procurar pelo Seu Toninho, nas proximidades. Segundo ele, Seu Toninho era irmão do barqueiro e me receberia bem (fiquei imaginando que iria topar com o barqueiro contando para o seu irmão que havia alguém esquisito andando de bicicleta e buzinando...).
Lá fui eu, no meio da noite, bater na casa do Seu Toninho de Pacheca. A primeira coisa que ouvi, depois de explicar que estava viajando de bicicleta e procurava um lugar para passar a noite acampado foi: "mas tu é gente boa, né?" Quase caí na gargalhada, mas me segurei e disse que sim. Já pensou se digo que não?...
Seu Toninho foi muito gentil, cedendo um espaço no galpão nos fundos de sua casa. Retirou algumas coisas que estavam no caminho e passou uma vassoura no chão. Dois guaipecas (cães) acompanhavam tudo atentamente. Montei acampamento, comi alguma coisa, tomei leite e caí em sono profundo...
Distância pedalada no dia: 47,45 km;
Distância acumulada: 652,83 km;
Odômetro total: 7993,8 km;
Tempo pedalado no dia: 2 h 52 min 23 s;
Velocidade média pedalada no dia: 16,5 km/h;
Velocidade máxima atingida no dia: 30,0 km/h.
Velocidade máxima atingida no dia: 30,0 km/h.
1 comment:
Ae Leonardo
show de bola
parabéns pela pedalada e pelas belas imagens
deu até vontade kkkkk
to arrumando minha bike aqui
vamos marcar uma saída por aí
abração
Lucas
Post a Comment