Sunday, November 30, 2008

Pedalada para Camboriú: Orleans a Termas do Gravatal - 15/11/08

Após a ressaca causada pelo suco de uva concentrado no dia anterior, aproveitei o feriado para descansar e saí de Orleans apenas ao meio dia. Já de cara, muita subida até chegar ao pórtico de São Ludgero (foto acima), a aproximadamente 300 metros de altitude. Depois de toda a subida, descida até a sede municipal, a apenas 55 metros de altitude. O terreno irregular continuou por toda a curta pedalada do dia, porém com variações bem menores.

Rio Braço do Norte

Pórtico da saída de São Ludgero, rumo a Braço do Norte.

Paisagem entre Braço do Norte e Gravatal.


Chegando em Termas do Gravatal, por volta das duas horas da tarde, parei em uma sombra à margem da rodovia para descansar e fugir um pouco do forte calor. Passei em um mercado e obtive informações sobre a localização do camping onde pretendia ficar. O camping havia sido uma indicação do Valdo, de Joinville, que havia passado por lá com o amigo Luckas (ver link para o blog do Valdo, que está se preparando para sua Volta ao Mundo, ao lado).

Instalei acampamento em um local relativamente bom, calmo, com grama e uma torneira ao lado. Para espantar o forte calor, aproveitei o grande desconto que os clientes do camping têm na aquisição do ingresso para o parque aquático nas proximidades e me mandei para lá.


Acquativo - Parque aquático em Termas do Gravatal.

Sol, calor e água morna direto da fonte!

Fiquei no parque aquático até por volta das sete da noite (ou seria da tarde?), quando aproveitei para dar uma volta e fotografar o "centro".

Jantei em uma padaria que tinha um ótimo café e, na volta para o camping, parei para fotografar um beija-flor (abaixo)...
... e o parque aquático.
Foram poucos os quilômetros percorridos nesse quente feriado de 15 de novembro de 2008:

Distância pedalada no dia: 30,62 km;
Distância acumulada: 378,65 km;
Odômetro total: 9357,6 km;
Tempo pedalado no dia: 1 h 49 min 29 s;
Velocidade média pedalada no dia: 16,7 km/h;
Velocidade máxima atingida no dia: 50,0 km/h.

Pedalada para Camboriú: Turvo a Orleans - 14/11/08

Sexta-feira em Turvo. Um belo dia de sol, depois da chuvarada!

Postei as duas imagens acima para refletir um pouco a respeito da influência do tempo (clima) quando estamos viajando de bicicleta (ou em outro meio que proporcione contato com o ambiente). Na primeira imagem, tempo bom, tudo é alegria: céu azul, sol, nuvens branquinhas flutuando ao redor, emoldurando a bela paisagem da serra ao fundo. Na segunda imagem, o domínio dos tons cinzentos, a falta de horizonte amplo, transmitindo uma sensação de desânimo... Muitas vezes passamos por um belo lugar sem percebermos, pois estamos influenciados pelo clima...Comecei a pedalar depois das dez e meia da manhã, passando por uma ciclofaixa bem interessante em Turvo.
De Turvo segui para Meleiro (acesso secundário para a cidade na fotografia acima) e de Meleiro para Forquilhinha.

A serra, pelo jeito, ainda envolta pela chuva...

Em Forquilhinha fiz parada para almoçar, com direito a buffet livre e refri geladinho.

Após o almoço, pedalei para Criciúma, onde fui obrigado a passar por dentro da cidade. Trânsito caótico, sinaleiras desreguladas (fechando uma após a outra...) e muita falta de educação. Que me desculpem as pessoas que moram naquela cidade, mas a impressão que tive foi a pior possível.

A partir de Criciúma comecei a pedalar por uma série de subidas e descidas - mais subidas do que descidas - e o tempo começou a fechar. As nuvens começaram lentamente a se avolumar e o azul do céu, sumir.

Passagem por Cocal do Sul.


Passagem por Urussanga.

Observando o mapa detalhado de Santa Catarina, que eu levava no porta-mapas da bolsa de guidom (aliás, continuando a política de exaltar o que é bom, excelente bolsa de guidom Ortlieb!), percebi que passaria por Rio Maior. "Que beleza! Deve ter uma descida até lá!" - pensei.
Ledo engano... Além de não ter descida, pois não passei por rio algum, ainda era no topo de uma grande subida...! (bem, o conceito de "grande" varia conforme o passar das horas em cima da bicicleta...)
Parei em uma banca de beira de estrada e tratei de repor as energias e o suor gastos, fazendo a maior besteira da pedalada: tomei um litro de suco de uva, concentrado!
Retornando à estrada, "apressei o passo", pois quando já enxergava Orleans ao longe, vi também um raio...! Como tenho verdadeiro pavor de raios - já pedalei por estrada passando por banhados e torres de alta tensão acompanhando a estrada, chovendo, com raios caindo por todos os lados... - o negócio foi "socar o sabugo", como diria o Alemão Luís de Porto Alegre!
Esbaforido, cansado e "molhado que nem pinto na chuva", cheguei em Orleans e fui procurar o abrigo de um posto de gasolina. O resultado do litro de suco de uva concentrado foi uma "baita" diarréia!!! Pobre vaso sanitário do posto de gasolina... Sucumbi à tentação e, mal parou a chuva, saí "de fininho" rumo a um hotel...

Distância pedalada no dia: 92,86 km;
Distância acumulada: 348,03 km;
Odômetro total: 9327,0 km;
Tempo pedalado no dia: 4 h 51 min 22 s;
Velocidade média pedalada no dia: 19,1 km/h;
Velocidade máxima atingida no dia: 53,0 km/h.

Pedalada para Camboriú: Rondinha a Turvo - 13/11/08

Rondinha, quinta-feira, treze de novembro. Depois de toda a nebulosidade de dia anterior, o resultado foi chuva. Por esse motivo, a saída nessa quinta-feira não foi apressada, esperei a chuva passar. Por volta das nove e quarenta da manhã o pai e a mãe ajudaram a colocar a bicicleta na frente da casa, para a foto de saída. Filomena e Godofredo vieram prestigiar e fazer mais um pouco de festa.
Saída para mais um dia de viagem.


Filó e Godo acompanhando tudo de perto.

Para minha alegria, o pai resolveu me acompanhar até Torres pedalando. Que legal!
Logo no acesso da Estrada do Mar para Rondinha parei para fotografar um gavião, que parecia ter arrumado algo para comer.


O pai disse que sempre admira minha calma. Que, apesar de estar viajando para Camboriú, vários dias de viagem adiante, eu arrumo tempo para parar e fotografar um gavião. Bem, que graça teria fazer uma viagem correndo, sem parar para apreciar nada? Qual o sentido em percorrer o maior número de quilômetros em um dia?
Não dá para julgar quem pretende fazer de uma viagem um desafio físico, uma tentativa de ultrapassar os próprios limites. Mas esse não é o meu objetivo. Aliás. longe disso...

O pai, no acesso da Estrada do Mar para Rondinha.

Pouco antes de Torres passamos por uma elevação onde há uma bela vista da lagoa Itapeva. Um lugar menosprezado no litoral, excelente para a prática de atividades náuticas de lazer.


No acesso para Torres o pai deu meia-volta, retornando para Rondinha. Obrigado pela companhia!!!

Em Torres eu estava em dúvida se seguiria pela ponte nova, passando por dentro da cidade, ou se seguiria direto pela BR 101. Na última hora decidi passar pela rodovia mesmo.

Acima, deixando o Rio Grande do Sul...
... e abaixo, entrando em Santa Catarina.
Pedalando pela BR 101 (sempre é hora do rush!!!), fiquei de olho no tempo. Para os lados da serra, muitas nuvens e o prenúncio de chuva pesada. Em vez de seguir para São João do Sul e de lá para Praia Grande - de onde iria a Cambará do Sul para descer pela Serra da Rocinha -, mudei de itinerário. Seguiria pela BR 101 até Sombrio, passando por Santa Rosa do Sul. De Sombrio, tomando a SC 485, seguiria para Jacinto Machado e, passando por Ermo, chegaria em Turvo. Esse era o novo plano. Uma grande vantagem sobre uma viagem patrocinada, com roteiro fixo e datas pré-agendadas. Flexibilidade, nesse caso, é sinônimo de liberdade.

Laguna do Sombrio







Creio que foi uma decisão acertada evitar a serra...

Quase chegando em Santa Rosa do Sul.

Em Santa Rosa do Sul, pouco antes de Sombrio, parei para almoçar - ou melhor, lanchar. Foi uma boa opção, pois assim que parei de pedalar a chuva chegou, forte.


Não me canso de exaltar as qualidades dos alforjes, e eles merecem (assim como a bolsa de guidom)! Práticos, robustos, bem-construídos e absolutamente estanques! Caiu o maior toró enquanto eu lanchava. Assim como veio, de repente a chuva passou. Ficou um chuvisqueiro chato, que me acompanhou até Sombrio.

A partir de Sombrio deixei o intenso fluxo de caminhões para trás e passei a pedalar por uma região bem mais tranqüila, onde podia ver o gado pastando e as garças calmamente procurando sua refeição...
Essa garça é diferente da Garça-branca-pequena, pois tem algumas penas com tons marrons.
A garça-vaqueira ou garça-boieira (Bubulcus ibis) é uma garça campestre, insetívora, nativa da África e do Sul da Europa, que invadiu a América do Norte no início do século XX e chegou ao Brasil na década de 60. A espécie mede cerca de 50 cm de comprimento, possuindo plumagem branca que, no período reprodutivo, adquire tonalidades ferrugíneas; sua íris, bico e tarso são amarelos. Também é conhecida pelos nomes de cunacoi e cupara.


Foi realmente uma boa idéia ter escolhido a estrada para Jacinto Machado, é um belo lugar para pedalar. Estrada boa, pouco movimentada e com uma bela paisagem.


Encontrei uma convenção de urubus no caminho, estavam todos secando as penas depois da chuvarada...





Pedra da Moça, ou algo assim...


Passando por Jacinto Machado, quatro e pouco da tarde...




Nem se enxergava a serra, de tanta nebulosidade...

Fugindo da próxima chuvarada!

Ermo ficou rapidamente para trás, entre uma pancada de chuva e outra. Registrei a passagem pelo espelho, afinal a cidade não era muito grande. Nuvens escuras rondavam e logo fui engolido por uma chuvarada, aumentando a cadência para chegar em Turvo.

Após verificar as opções de hospedagem em Turvo, optei por permanecer em um hotel, onde fui muito bem recebido. Após um bom banho quente e janta - até tomei uma cervejinha! -, fui dormir com chuva batendo no telhado...
Distância pedalada no dia: 102,96 km;
Distância acumulada: 255,17 km;
Odômetro total: 9234,1 km;
Tempo pedalado no dia: 5 h 09 min 15 s;
Velocidade média pedalada no dia: 20,0 km/h;
Velocidade máxima atingida no dia: 40,0 km/h.