Sábado, 25 de outubro de 2008. Aniversário de São José do Norte. Parabéns! Faço votos de que a cidade praticamente não cresça, que continue pacata e pequena, mas que aumente a qualidade de vida para seus habitantes e visitantes. Ando meio na contramão, contra a correnteza da imensa maioria que acredita que crescimento é algo positivo. Acredito que as cidades deveriam parar de crescer, as pessoas deveriam se dar conta de que já agora existe gente demais no planeta. É óbvio que isso não se sustenta, a destruição já está absurdamente grande.
Embarquei na "lancha" das 10 h 30 min de São José do Norte para Rio Grande. Felizmente fui ajudado para conseguir subir a bordo com bicicleta e reboque.
Já havia ouvido algum comentário sobre a utilização das bóias pelos lobos marinhos para descansar e nessa travessia pude observar e fotografar o fato. Acredito que seja por se tratar de um local relativamente seguro, uma vez que as embarcações não costumam se aproximar das bóias limitadoras do canal de navegação. O que não deixaria de ser uma constatação interessante, significando que não há locais na costa (a não ser os grandes molhes oceano adentro) em que o lobo marinho sente segurança suficiente para descansar e tomar sol.
No final da travessia registrei a passagem do veleiro Squallus, vizinho do Freedom no Rio Grande Iacht Club.
João me esperava na hidroviária para me ajudar no desembarque da bicicleta e reboque. Seguimos ao centro e passamos pela Estação Café - o melhor café da cidade! - do amigo Daniel (lancha Pirapora). João aguardava a chegada de seu irmão e do sobrinho. Após o café e as despedidas, montei na bicicleta e reiniciei a viagem...
... parando para uma fotografia na saída de Rio Grande.
Na BR 116 a interessante placa indicando "Atenção! Pista de pouso e decolagem a 450 m, área sujeita a fortes rajadas de vento." foi substituída pela cômica "Atenção! Rajadas de vento a 400 m". Passei com absoluta ausência de vento...
Na Vila da Quinta deixei a BR 116 para seguir no rumo Sul. Parando para verificar um travamento na roda traseira, acabei chamando a atenção do Seu Floripe, com quem pude prosear um pouco.
Obrigado pelo seu tempo, Seu Floripe!
O tempo estava carregado e eu fiquei um pouco apreensivo pela possibilidade de temporal, o que felizmente não se concretizou. É uma região extremamente plana e desabrigada contra ventos fortes.
No restaurante e lancheria Mirim parei para lanche.
Entrando no Taim.
Capivaras, também conhecidas por "Capinchos".
Na estrada, várias capivaras atropeladas, apesar da sinalização de advertência e velocidade máxima permitida de 60 km/h. A imensa maioria dos veículos que passaram por mim estava claramente acima da velocidade permitida... de novo a educação e o respeito em pauta...
Marreca-piadeira, também conhecida por "Irerê".
Colhereiro.
Pausa para descanso.
No final do dia, procurando local para acampar, acabei parando em um posto de gasolina com um restaurante abandonado e completamente depredado ao lado. Cansado, pedi permissão e montei acampamento. No posto de gasolina não havia nada a não ser salgadinhos e refrigerante, então pedalei um pouco adiante até um pequeno mercado. Comentando com uma senhora a respeito do estado de abandono do posto, ela sugeriu que eu seguisse um pouco adiante, onde encontraria um paradouro. Foi o que fiz: voltei ao posto, desmontei acampamento e pedalei mais um pouco, encontrando o paradouro com restaurante fechado, mas uma pequena lancheria funcionando. Por mero acaso encontrei a professora Tereza Lenzi, professora de Artes na Furg e que conhecia meu amigo João Reguffe.
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