Rondinha, quinta-feira, treze de novembro. Depois de toda a nebulosidade de dia anterior, o resultado foi chuva. Por esse motivo, a saída nessa quinta-feira não foi apressada, esperei a chuva passar. Por volta das nove e quarenta da manhã o pai e a mãe ajudaram a colocar a bicicleta na frente da casa, para a foto de saída. Filomena e Godofredo vieram prestigiar e fazer mais um pouco de festa.
Saída para mais um dia de viagem.
Saída para mais um dia de viagem.
Filó e Godo acompanhando tudo de perto.
Para minha alegria, o pai resolveu me acompanhar até Torres pedalando. Que legal!
Para minha alegria, o pai resolveu me acompanhar até Torres pedalando. Que legal!
Logo no acesso da Estrada do Mar para Rondinha parei para fotografar um gavião, que parecia ter arrumado algo para comer.
O pai disse que sempre admira minha calma. Que, apesar de estar viajando para Camboriú, vários dias de viagem adiante, eu arrumo tempo para parar e fotografar um gavião. Bem, que graça teria fazer uma viagem correndo, sem parar para apreciar nada? Qual o sentido em percorrer o maior número de quilômetros em um dia?
Não dá para julgar quem pretende fazer de uma viagem um desafio físico, uma tentativa de ultrapassar os próprios limites. Mas esse não é o meu objetivo. Aliás. longe disso...
Pouco antes de Torres passamos por uma elevação onde há uma bela vista da lagoa Itapeva. Um lugar menosprezado no litoral, excelente para a prática de atividades náuticas de lazer.
No acesso para Torres o pai deu meia-volta, retornando para Rondinha. Obrigado pela companhia!!!
Em Torres eu estava em dúvida se seguiria pela ponte nova, passando por dentro da cidade, ou se seguiria direto pela BR 101. Na última hora decidi passar pela rodovia mesmo.
... e abaixo, entrando em Santa Catarina.
Pedalando pela BR 101 (sempre é hora do rush!!!), fiquei de olho no tempo. Para os lados da serra, muitas nuvens e o prenúncio de chuva pesada. Em vez de seguir para São João do Sul e de lá para Praia Grande - de onde iria a Cambará do Sul para descer pela Serra da Rocinha -, mudei de itinerário. Seguiria pela BR 101 até Sombrio, passando por Santa Rosa do Sul. De Sombrio, tomando a SC 485, seguiria para Jacinto Machado e, passando por Ermo, chegaria em Turvo. Esse era o novo plano. Uma grande vantagem sobre uma viagem patrocinada, com roteiro fixo e datas pré-agendadas. Flexibilidade, nesse caso, é sinônimo de liberdade.
Laguna do Sombrio
Creio que foi uma decisão acertada evitar a serra...
Quase chegando em Santa Rosa do Sul.
Em Santa Rosa do Sul, pouco antes de Sombrio, parei para almoçar - ou melhor, lanchar. Foi uma boa opção, pois assim que parei de pedalar a chuva chegou, forte.
Não me canso de exaltar as qualidades dos alforjes, e eles merecem (assim como a bolsa de guidom)! Práticos, robustos, bem-construídos e absolutamente estanques! Caiu o maior toró enquanto eu lanchava. Assim como veio, de repente a chuva passou. Ficou um chuvisqueiro chato, que me acompanhou até Sombrio.
A partir de Sombrio deixei o intenso fluxo de caminhões para trás e passei a pedalar por uma região bem mais tranqüila, onde podia ver o gado pastando e as garças calmamente procurando sua refeição...
A garça-vaqueira ou garça-boieira (Bubulcus ibis) é uma garça campestre, insetívora, nativa da África e do Sul da Europa, que invadiu a América do Norte no início do século XX e chegou ao Brasil na década de 60. A espécie mede cerca de 50 cm de comprimento, possuindo plumagem branca que, no período reprodutivo, adquire tonalidades ferrugíneas; sua íris, bico e tarso são amarelos. Também é conhecida pelos nomes de cunacoi e cupara.
Foi realmente uma boa idéia ter escolhido a estrada para Jacinto Machado, é um belo lugar para pedalar. Estrada boa, pouco movimentada e com uma bela paisagem.
Encontrei uma convenção de urubus no caminho, estavam todos secando as penas depois da chuvarada...
Pedra da Moça, ou algo assim...
Passando por Jacinto Machado, quatro e pouco da tarde...
Nem se enxergava a serra, de tanta nebulosidade...
Fugindo da próxima chuvarada!
Ermo ficou rapidamente para trás, entre uma pancada de chuva e outra. Registrei a passagem pelo espelho, afinal a cidade não era muito grande. Nuvens escuras rondavam e logo fui engolido por uma chuvarada, aumentando a cadência para chegar em Turvo.
2 comments:
Alguns comentários:
1) Realmente viajar correndo não é a melhor idéia em termos de aproveitamento dos locais. Uma dura lição que eu mesmo ainda não aprendi: conseguir andar devagar. Não ajuda o muito o fato de querer ir longe e ter férias curtas e esporádicas...
2) O capacete do teu pai, nas fotos, não é o mais ventilado que existe, mas dizem que é bem mais seguro que os típicos de ciclismo, pois tem menos furos e arestas, além de ser menos volumoso. Isso diminui o risco de lesão ROTACIONAL da coluna cervical, causada pelo impacto e atrito do capacete com o chão, dizem...
3) Subir o Faxinal e descer a Rocinha? Isso sim seria testar o reboque (por falar em reboque, me aguarde... falta bem pouco pra eu entrar no seleto clube... obviamente feito em casa).
4) Jacinto Machado... Um belo lugar pra passar - e tem hotel, do lado da rodoviária, só tem que levar inseticida que os mosquitos dominam!
Até!
sim, sim, os mosquitos dominam em Jacinto Machado, mas vamos adimitir, é uma bela cidade, naaaaada que um inceticida não resolva, e não tem um só hoteel!! hehehe, minha cidade, tenho que defendê-a. Mas é realmente adimicível, do que adianta viajar correndo e não ver essas belezas naturais fotografadas, ja fiz esse trajeto várias vezes, mas pode ter certeza que da próxima vez prestarei mais atenção nas belezas existentes!
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