Na simpática Praia da Conceição foi feita uma pausa importante para almoço e, mesmo sem uma reunião de grupo, decisões foram tomadas. Tiane já havia manifestado a intenção de não prosseguir remando pelo mar exposto, então fomos dar uma olhada nas redondezas da praia, para ver a distância que estaríamos de Zimbros e como seria o acesso se eventualmente fizéssemos uma portagem.
Caminhamos até Zimbros e constatamos que teríamos de atravessar por uns quatrocentos metros para chegarmos à outra praia. Encontramos um belo local para almoço, com buffet livre. Retornamos para convidar os amigos - mas alguns já preparavam almoço na proteção e sombra de grandes pedras no canto da praia - e combinar que após o almoço decidiríamos o que fazer e retornamos ao buffet, onde almoçamos muito bem a um preço justo.
Retornamos à praia debaixo de um sol forte e lá chegando ficamos surpresos quando encontramos somente Germano e Fernando. Márcio, Otávio, Jair e Alvares já remavam em direção à ponta de pedras bem ao longe e começavam a travessia em direção à Ilha do Macuco; resolveram não esperar, pois não queriam perder tempo.
[Trajetos e legendas sobre imagem do Google Earth]
Germano e Fernando já tinham decidido não continuar a remada em direção à Ilha do Macuco, assim como Tiane, então coloquei que minha ideia seria remarmos alguns metros contornando a ponta de pedras até o final de Mariscal (Canto Grande do Mariscal) e aí fazermos uma portagem até Zimbros. Germano estava um pouco receoso pela possibilidade de ondas e Tiane tratou de procurar uma alternativa de transporte, de reboque puxado por nós mesmos até alugar um carro com caçamba, mas não obteve sucesso; o resultado foi que partimos então para minha sugestão.
Aproveitando que as condições estavam boas, passei perto do costão, para apreciar o encontro do mar com a terra. Acredito que esse seja um dos grandes diferenciais do caiaque oceânico em comparação com outros tipos de embarcações - a capacidade de aproximação da costa com agilidade e a navegação em locais "proibidos" para os barcos maiores.
Chegando na praia, acompanhei a Tiane até o início da arrebentação e fiquei ao lado do Fernando, que estava um pouco preocupado com as ondas:
Tiane acabou virando quando chegava na praia; estava preocupada com a possibilidade de atingir banhistas.
Acompanhei Fernando e tratamos de escolher uma onda pequena (apesar de que todas estavam pequenas :)
Fiz uma saída controlada com tranquilidade; Tiane estava na água (já sem o caiaque) e prontamente ajudou Fernando quando ele capotou, felizmente sem consequências além do susto. Faltava ainda o Germano, que havia ficado longe das ondas e parecia decidido a voltar para o calmo abrigo da praia anterior...
Ainda dentro do caiaque, fiz meia volta e tratei de passar novamente pela arrebentação para ir ao seu encontro e tentar prestar solidariedade nesse momento de difícil indecisão - na realidade, a intenção era convencê-lo de que não era tão difícil quanto parecia e Tiane e Fernando haviam capotado por mero acaso :)
Chegando até onde estava Germano, conversei com ele e tratei de acompanhá-lo até as ondas. E lá fomos nós...
[Foto de Tiane]
[Foto de Tiane]
Germano acabou virando no finalzinho, depois de já ter descido a onda. Creio que capotou mais pela ansiedade do momento do que por não saber o que fazer, pois bastaria um pequeno apoio baixo com a pá do remo para controlar a situação. De qualquer maneira, estávamos todos bem e em terra firme!
Tratamos de retirar as tralhas dos caiaques e colocamos nas duas sacolas que eu havia confeccionado a partir de sacos de aniagem justamente para levar as tralhas. Fizemos vááárias viagens...
[Foto de Tiane]
[Foto de Tiane]
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