Friday, February 17, 2012

Remando para Bombas, Praia do Ribeiro, Bombinhas e Sepultura.


Nossa primeira travessia em mar aberto foi com bastante emoção, por ser um ambiente diferente do que estamos acostumados. A grande ondulação que viajava vinda do Sul, originada pela frente fria, encontrava a barreira formada pelas pedras do costão e por ela era refletida, gerando uma ondulação secundária. Quanto mais perto do costão, mais sentíamos esse efeito.
Entrando na Enseada das Bombas, passamos a remar em águas mais abrigadas e a ondulação foi diminuindo pouco a pouco. Passamos ao largo de Bombas e rumamos para a pequena Praia do Ribeiro, onde aproveitei para remar por entre as pedras, admirando a água transparente.







Na Praia do Ribeiro tratamos de nos reagrupar, pois remávamos bastante dispersos. Alguém comentou que estava na hora de começarmos a pensar sobre o local para acampamento e até mesmo acampar naquela praia foi cogitado, mas por se tratar de uma minúscula praia entre Bombas e Bombinhas, foi descartada. Resolvemos seguir para a pequena praia Sepultura, pouco adiante da praia de Bombinhas.


Chegando na Sepultura, deparamo-nos com uma multidão tomando conta de cada centímetro da praia e da água próxima a ela... Não havia nem espaço para aportar!

[Foto de Tiane]

A falta de opções para acampamento originou dúvida e desorganização no grupo e naquele momento deveríamos ter nos agrupado para definirmos uma linha de ação. Uma alternativa seria seguirmos um pouco adiante até Retiro dos Padres, onde havia camping, mas essa opção não era do conhecimento de todos (e muito menos consenso, pois teríamos que atravessar mais um trecho de mar exposto e não se sabia a respeito das condições das ondas na praia, espremida entre dois costões).
Jair e Alvares foram se afastando da praia, remando na direção da Ponta da Sepultura, enquanto o restante do grupo estava desorganizado. Tiane comentou que deveríamos nos reunir para decidir o que fazer e logo em seguida ouvíamos alguém comentar que segundo Jair e Alvares, seria uma remada fácil; com o grupo ainda disperso e ainda em clima de indecisão, Otávio, que estava remando no caiaque duplo com Márcio, anunciou: -"Vamos lá, vamos lá!!!" - e assim começaram a remar na direção da ponta para onde iam Jair e Alvares e foram seguidos pelos demais.
A ondulação estava bem menor do que aquela que havíamos encontrado na travessia da Ponta de Porto Belo, mas mesmo assim mantivemos uma distância respeitável das ondas que estouravam no costão. Em pouco tempo podíamos vislumbrar a entrada para o Retiro dos Padres, mas se seguíssemos diretamente para lá seríamos colhidos pelas ondas que quebravam vez por outra em cima de lajes submersas...



[Trajetos e legendas sobre imagem do Google Earth]
Comparação entre o trajeto planejado/sugerido (linha amarela) e o percurso realizado (linha vermelha) - percurso realizado por mim e registrado pelo gps levado no caiaque.

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